O deputado federal Arlindo Chinaglia se reuniu com partidários do PT em Votuporanga e fez uma análise da política nacional (Foto: A Cidade)
Da redação
O deputado federal e uma das principais lideranças do PT no Congresso Nacional, Arlindo Chinaglia, esteve, na quarta-feira (26), em Votuporanga para uma reunião com membros do partido. O encontro foi realizado na sede da sigla no município, onde o petista afirmou não ter dúvidas de que o ex-presidente Lula (PT) vence o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais, mas pediu para que os correligionários não entrem na eleição de “salto alto”.
Segundo o parlamentar, que já está em seu sétimo mandato e inclusive chegou a presidir a Câmara dos Deputados, o partido deve estar preparado para os dois turnos da eleição e citou como exemplo as eleições de 2006, quando Lula apresentava uma grande vantagem nas pesquisas em relação a Geraldo Alckmin, mas o pleito só foi definido no segundo turno.
“A eleição ainda tem nove meses para acontecer, se fosse hoje não teria nenhuma dúvida que o Lula ganharia as eleições, mas até lá tem tempo. Eu não creio que a direita vai assistir o Lula ganhar as eleições e ficar só batendo palma. Não faço apologia ou a propagando de forma irresponsável, não podemos nem sonhar em ficar de salto alto. Se ganhar no primeiro turno, ok. Mas nós temos que nos preparar para disputar dois turnos”, disse o deputado.
Estado
Já para o governo do Estado, Chinaglia acredita em uma vitória de Fernando Haddad (PT), após a saída de Alckmin do páreo para ser vice de Lula. Ele chamou a atenção para um fator externo, no entanto, que pode modificar todo o cenário eleitoral em São Paulo, que é a candidatura do ministro da Infraestrutura de Tarcísio Gomes de Freitas, indicado por Bolsonaro.
“O Haddad hoje com a saída do Alckmin ele passou para primeiro lugar, porque nunca teve alguém com 28% de intenções de voto nessa altura do campeonato. O PSDB acredita que vai eleger o Rodrigo Garcia, mas tem uma variável que ninguém abordou ainda. Quantos votos o Bolsonaro tem aqui no Estado de São Paulo, 15%? Não quero jogar menos. Se ele transferir 15% para o candidato dele que é o Tarcísio, esses 15% sairiam todos do potencial eleitor do Rodrigo Garcia, nenhum sairá do Haddad, então eu acho que no Estado também estamos no páreo e firmes”, completou.