Com a volta às aulas se aproximando, os votuporanguenses voltaram às papelarias para comprar os itens das listas de material escolar
Os votuporanguenses voltaram a movimentar as papelarias; no detalhe, Sanderlene Feijó Morini, dona da Master Papelaria (Fotos: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
A volta (presencial) às aulas fica mais próxima a cada dia. E as papelarias de Votuporanga estão cada vez mais movimentadas, com clientes em busca dos itens presentes nas listas de material escolar, elaboradas pelas escolas tanto públicas quanto particulares.
Embora esse movimento seja bom para o comércio local, ainda existem alguns obstáculos para as vendas deslancharem. Um deles é o risco do adiamento da volta presencial, possibilidade informada recentemente pela Prefeitura, conforme revelado pelo jornal A Cidade. Outro é a subida dos preços dos materiais escolares.
O jornal
A Cidade conversou com Sanderlene Feijó Morini, dona da Master Papelaria, que comentou sobre como estão as vendas, suas expectativas para esse ano e os impactos da pandemia e da recente subida de preços dos itens.
A comerciante contou que a busca por material escolar começou aumentar, graças à aproximação da volta às aulas, já em dezembro do ano passado. Mas ela relatou que o aumento mais significativo veio a partir da segunda semana de janeiro deste ano.
Já em relação às suas expectativas para as vendas desse ano, Sanderlene disse que quer voltar ao ritmo pré-pandemia. “A minha expectativa é ser igual a volta às aulas de 2020. Em 2021, nós não tivemos [volta às aulas presenciais]. Espero que a gente venda bem”, disse.
A dona da papelaria também contou que deixou de vender metade do que venderia num ano normal em 2021. Isso aconteceu por conta dos adiamentos sucessivos da volta presencial às escolas, conforme os números de casos e mortes por Covid aumentavam não só em Votuporanga, como no Estado de São Paulo e no Brasil, de forma geral.
Apesar de ter sido um ano difícil, a empresária disse que conseguiu manter as contas do seu estabelecimento equilibradas. “Na verdade, a gente só deixou de ganhar, porque não teve compras. Então, a gente conseguiu equilibrar as compras com as vendas. Não tivemos prejuízos nem ganhos, ficou mais ou menos zerado”, disse.
Subida
A dona da Master Papelaria contou que, no geral, os preços dos materiais escolares tiveram um aumento significativo, embora alguns itens tenham ficado mais baratos. E isso também tem impactado nas vendas do seu estabelecimento.
“Isso atrapalhou as vendas, porque os pais têm reduzido as listas para comprar. Não está aquela compra ‘a vontade’. O pessoal está fazendo compras mais consciente, vendo o que realmente é necessário, nada de supérfluos”, disse.
Mesmo assim, Sanderlene ressaltou um pedido para que as pessoas priorizem o comércio de Votuporanga na hora de comprar os materiais. “Queria que as pessoas dessem preferência ao comércio da cidade, para aquecer o nosso mercado. Isso é muito importante”, finalizou.