Da redação 

O temporal que atingiu Votuporanga na última terça-feira (11) reacendeu um debate que gerou certa polêmica no final do ano passado: o pedido de remoção das palmeiras plantadas ao longo da Rua Amazonas, um dos cartões postais do município. Inúmeros galhos das plantas caíram durante a forte chuva, atingindo carros e deixando um rastro de sujeira pela região central, o que levantou novamente o debate que havia sido iniciado na Câmara Municipal, mas esfriou após resistência de parte da população.  

Para recordar, o assunto foi levado ao Legislativo pelo então vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura (PSB), hoje chefe de gabinete da Prefeitura. À época, ele afirmou ter sido procurado por moradores e comerciantes da região, que reclamavam dos transtornos provocados pelas plantas. 

As palmeiras foram plantadas na Rua Amazonas após o processo de revitalização do principal corredor comercial da cidade na gestão do ex-prefeito Júnior Marão. À época, o paisagismo foi um dos pontos que mais chamaram a atenção da população e fotos da via chegaram a ser utilizadas em pôsteres e calendários. 

Hoje, porém, segundo comerciantes, o encanto deu lugar a transtornos e as “árvores” estão deixando feio o principal cartão postal da cidade. 

“Toda vez que chove recebo ligações de pessoas comuns e comerciantes reclamando do que tem acontecido na Rua Amazonas no espaço onde estão plantadas essas palmeiras. Vocês não fazem ideia a quantidade de problemas que tem trazido esse tipo de planta. Toda vez que vai dar manutenção é um caos, tem, que parar o centro da cidade. Quando elas eram pequenas eram a coisa mais linda, agora é a coisa mais feia e é algo que temos que colocar em debate”, disse Jura na ocasião. 

Repercussão 

A proposta do então vereador gerou repercussão imediata. De um lado, comerciantes e moradores próximos aprovaram a iniciativa reafirmando os problemas enfrentados por quem vive na região e do outro, muitos se revoltaram com a ideia argumentando que a retirada descaracterizaria o centro de Votuporanga, além de apontarem os impactos ambientais. 

Redes sociais 

Em meio à polêmica, o assunto esfriou. Na Câmara ninguém falou mais nada e tampouco na Prefeitura. Agora, porém, em meio ao cenário crítico deixado pelo temporal da última terça, a proposta voltou a ganhar destaque nas redes sociais. 

Em uma das postagens, o morador Alexandre Aluizio de Oliveira publicou uma foto dos ‘galhos’ espalhados pela rua Amazonas acompanhado da seguinte mensagem: “Os frutos das palmeiras da rua Amazonas e já pensou se caísse nos carros ou na cabeça de alguém: É a força da natureza”. 

Não demorou para que outras pessoas se manifestassem. “Um perigo. Nos carros ainda o bem é material, seguro pode pagar. Já imaginaram cair em uma pessoa, nunca mais volta. Se cair uma palmeira na rua Amazonas em cima de qualquer bem, a prefeitura é responsável, espero que sejam e arquem com as despesas (vai demorar, mas tem que pagar). Porém, a vida não há dinheiro que a traga de volta, infelizmente”, completou Rosa Helena Luiz.