Cerca de mil pessoas participaram do “3º Encontro Sobre o Autismo de Votuporanga”
Cerca de mil pessoas participaram do “3º Encontro Sobre o Autismo de Votuporanga” (Foto: Divulgação)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga sediou no último sábado a terceira edição do “Encontro Sobre Autismo”, que reuniu cerca de mil participantes vindos de 104 cidades de oito estados brasileiros. O evento foi realizado durante todo o dia, com atividades no Votuporanga Clube, pela manhã, e no Campus de Votuporanga do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), no período da tarde.
A iniciativa é uma realização do Getea (Grupo de Estudos sobre o Transtorno do Espectro Autista), da Prefeitura Municipal de Votuporanga por meio da Secretaria Municipal da Educação, e do IFSP de Votuporanga.
Na parte da manhã, o público acompanhou duas palestras no Votuporanga Clube, que discutiram conceitos, promoveram reflexões e proporcionaram momentos de leveza e alegria aos participantes. Já no período da tarde, foram oferecidos 21 workshops simultâneos nas dependências do IFSP de Votuporanga, permitindo que cada participante escolhesse dois – um no primeiro horário e outro no segundo horário da tarde. Os temas abordados incluíram comunicação alternativa aumentativa, autismo feminino, adaptações de atividades, medicação e parceria entre família e escola, entre outros.
Em conversa com a reportagem do jornal
A Cidade, Ana Cláudia Picolini, servidora do IFSP de Votuporanga, mãe de uma pessoa com autismo e idealizadora do Getea, destacou a importância da troca de experiências práticas ao longo do evento. “Buscamos sempre olhar a prática, o como fazer, o dia a dia, para melhorar a rotina da pessoa com autismo dentro do ambiente familiar, dentro da escola, buscando capacitar e conscientizar para que a gente possa realmente desenvolver uma sociedade mais equânime, justa e inclusiva”, afirmou.
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Suas manifestações variam amplamente de pessoa para pessoa, podendo envolver dificuldades na compreensão de expressões sociais, repetição de padrões de comportamento, interesses restritos e sensibilidade a estímulos sensoriais. O diagnóstico é clínico e geralmente feito na infância, embora o reconhecimento e a aceitação do espectro tenham ampliado a identificação em diferentes fases da vida. O acompanhamento adequado, com intervenções educacionais, terapêuticas e o apoio familiar, é essencial para promover o desenvolvimento e a inclusão da pessoa com autismo na sociedade.