** Que coisa mais estranha na hora de se escolher o treinador da Seleção Brasileira. Ricardo Teixeira queria Mano Menezes, mas na última hora procurou Muricy Ramalho, que aceitou imaginando que a CBF tinha consultado o Fluminense. Muricy foi pego de surpresa ainda no estacionamento do Maracanã, após a vitória sobre o Cruzeiro, com o aviso de um amigo de que deveria ir a um encontro para um café da manhã com Ricardo Teixeira e não comunicou a ninguém do clube, porque imaginou que só fora chamado graças à concordância dos dirigentes. Engano. Teixeira se julga dono do futebol brasileiro, e com razão, afinal é proprietário da CBF, e deve ter imaginado que não seria problema chamar quem fosse que este aceitaria. O plano B da CBF era o A, ou seja, Mano Menezes, e este seria liberado pelo Corinthians tranquilamente.
** Eu larguei a Fórmula-1, aliás, nem sempre me empolguei com esta competição. Gostava mais nos tempos de Ayrton Senna. Obviamente que vejo em Felipe Massa potencial para se aproximar de Senna, mas por se tratar de um negócio, ele está sujeito a manobras como a que aconteceu na Alemanha. E pior, esta não foi a primeira e nem será a última vez, porque Fórmula-1 é um jogo que envolve milhões e uma simples multa de milhares de dólares não faz cócegas.
** A liderança do Campenato Brasileiro é dupla. Isso mesmo, afinal a diferença entre Corinthians e Fluminense é mínima, e o time de Muricy Ramalho ainda teve um confronto mais difícil que o Corinthians. Mano entregou o time na ponta a Adílson Batista, o novo treinador, que começa a preparar sua equipe para o clássico contra o Palmeiras.
** Ouvi atentamente o programa de ontem da Rádio Cidade, com João Carlos Ferreira, Léo Oliveira Filho, Cléber Magalhães e Flávio Santos, falando sobre a derrota da Votuporanguense no dérbi. As informações são de que jogadores foram contratados e que devem reforçar a equipe, e mais experientes, pois estão acima do limite de 23 anos. Realmente é dolorido ver a Alvinegra perder para o seu maior adversário, obviamente que com o "Plinio Marin" recebendo um grande público, foi pior, afinal a expectativa era de nova vitória no dérbi, mas perder faz parte do jogo. Em Fernandópolis, a Votuporanguense venceu e com garra, com méritos e derrotou. João Carlos retratou bem os protestos dos torcedores que ligaram para a Rádio Cidade ao manifestar que no calor do jogo, da emoção, é natural se falar e agir assim. As críticas são pesadas, mas deve ser levado em conta o que a equipe fez até se classificar para a segunda fase, que aliás será duríssima, contra adversários mais estruturados e que fizeram investimentos para subir. O torcedor deve continuar cobrando e obviamente que também vai apoiar, o que faz nos jogos em casa e fora também, mas é hora de uma reflexão de quem comanda a equipe para que os problemas possam ser analisados, resolvidos e que o caminho na segunda fase seja bom. Que esta derrota sirva de lição para nós todos e que ela fortaleça a nossa torcida para a Alvinegra.