Cerca de 700 torcedores estiveram no Estádio Plinio Marin na tarde de ontem viram o CAV perder
Jociano Garofolo
O Clube Atlético Votuporanguense entrou com "a faca nos dentes" na partida de ontem contra o Guaçuano, às 15 horas, no Estádio Municipal Plínio Marin, no primeiro encontro com a torcida após a humilhante derrota no último domingo, para o Olé Brasil, em Ribeirão Preto.
Mas dificuldade de criação do ataque, uma penalidade a seu desfavor e um jogador expulso no segundo tempo, além da pressão da torcida, impaciente com a atuação do time, renderam mais uma derrota que aumentou ainda mais a crise e dificultou a chance da Alvinegra ir para a Terceira Fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Quem foi ao Estádio Plínio Marin na tarde de ontem (699 pagantes), observou um time unido antes da partida, com os jogadores fazendo uma roda no centro do gramado cobrando aplicação uns dos outros. Mas quando a bola rolou, o que se viu foi um jogo travado, com a equipe de Mogi-Guaçu totalmente na defesa com o bote armado para surpreeender o CAV no contra-araque.
Luciano Gusso escalou o time com o goleiro Talis no gol, Wagner e Rafael Vaz na defesa, Saimon e Mandagua nas laterais, Paulinho, Dudu Santos, Mineiro e Léo puxando o meio campo, e Washington fazendo dupla de ataque com o centroavante Luizão, autor do único gol no fim de semana.
No início do jogo, a equipe de Votuporanga se lançou ao ataque, mantendo a posse de bola, mas sem conseguir construir jogadas criativas. O time insistia com bolas na área, e assustava levemente o goleiro do Guaçuano com chegadas de Mineiro e Saimon pela direita, e com Washington e Léo pelo meio. Por outro lado, o time adversário não oferecia perigo ao gol de Talis, se preocupando excessivamente em segurar o resultado.
Dessa forma o primeiro tempo se foi sem muita criatividade, e terminou sob vaias de uma boa parte da torcida, especialmente da Tura (Torcida Uniformizada Raça Alvinegra), que permaneceu durante toda a partida com as faixas de ponta cabeça. Na saída para o vestiário, o meia Paulinho disse em entrevista que o jogo estava difícil, mas que a equipe apresentava muito espírito de luta, e que faria de tudo para vencer a partida e reconquistar a torcida.
Segundo Tempo
O técnico Luciano Gusso começou o segundo tempo com uma alteração no time, colocando o time para cima do adversário. Léo saiu para a entrada de Vinícius, que não conseguiu fazer nada que rendesse algum mérito contra a forte retrança do Guaçuano.
O cenário era o mesmo. Muita posse de bola, mas nenhuma jogada criativa ou bolas enfiadas para os atacantes. O time rodava a bola para os laterais, os zagueiros faziam lançamentos mas sem levar muito perigo ao gol do adversário da Votuporanguense. O castigo veio aos 12 minutos, quando em uma jogada isolada do adversário, o zagueiro Rafael Vaz derrubou um atacante na área, cometendo à penalidade. Kesley cobrou no canto direito e abriu o placar. A bola passou há centímetros das mãos de Talis, que acertou o canto, mas não consegiu fazer a defesa.
Para piorar a situação do CAV, o próprio Rafael Vaz, que havia levado cartão amarelo no penalti, tomou o segundo cartão e foi expulso, após uma falta na lateral esquerda. A partir daí, o Guaçuano recuou ainda mais o posicionamento de seus jogadores, e segurou o jogo até o fim, sem muita pressão do Votuporanguense, que até colocou uma bola na trave, mas que tentou empatar na base da vontade do que na objetividade.
No fim da partida, a maioria dos jogadores saíram rapidamente do gramado, sob algumas vaias dos torcedores. O volante Paulinho disse que é lamentável a queda de produção da equipe, e disse que a torcida está no direito de cobrar pacificamente. "Tem que ser homem nesse momento, trabalhar e tirar a equipe dessa situação", afirmou. Outro que falou foi o goleiro Talis.
O jogador disse que assume a responsabilidade se a equipe não classificar. "Nós vamos classificar, podem cobrar de mim. A fase é dificil, garanto que vontade não está faltando, mas temos que correr mais", desabafou.
Com os resultados de ontem, o Olé Brasil segue líder do grupo, com 6 pontos ganhos, após ter vencido o Mauaense por 2 a 0 fora de casa. Em segundo lugar, vem o Guaçuano com 4 pontos conquistados. Em terceiro está o Mauaense com um ponto ganho e o Votuporanguense segue sem pontuar nesta fase.
Pela terceira rodada da Fase 2, no próximo domingo (15/8), às 10h00, o Olé Brasil joga em casa contra a equipe do Guaçuano, no estádio Dr. Francisco de Palma Travassos. Enquanto isso, no mesmo momento, no estádio Plínio Marim, o Votuporanguense receberá o time do Mauaense, ainda com chances matemáticas de classificação.