** Depois de mais uma derrota, a segunda consecutiva, a diretoria do CAV agiu rápido, e pode acertar ao trocar o treinador. Realmente torna-se insustentável a manutenção de um profissional em situações como esta, quando não se deveria avaliar o trabalho por poucos resultados e sim por um longo período, mas no futebol, não existe planejamento que dure. A torcida resta manter a esperança de classificação, ainda possível mas obviamente que difícil pelas circunstâncias. Nas mãos de Sérgio Caetano, um elenco que ainda pensa em classificação mas que precisa de uma injeção de ânimo para se reerguer. E a reação obrigatoriamente tem que começar domingo diante do Mauaense, no "Plinio Marin".
** Só uma coisa que está entalada e que não posso deixar de lado, fazendo de conta que está tudo bem. Não gostei nenhum um pouco de saber que a diretoria do CAV colocou seguranças no estádio, por imaginar que problemas pudessem acontecer. Isso jamais foi necessário em Votuporanga, uma cidade civilizada e que tem uma torcida que passou por derrotas em campeonatos bem mais importantes do que uma simples quarta divisão. Me senti desrespeitado com essa atitude, e espero que ela não se repita, e reforço o pedido que fiz anteriormente, de que nossa torcida saiba, de modo respeitoso, aceitar uma derrota. Jamais de forma passiva, mas cobrando dentro de uma ordem, sem agressões ou ameaças. A diretoria do CAV foi e será tratada com toda a educação e hospitalidade que a cidade sabe oferecer, e o resgate do futebol tem que ser encarado como uma vitória daqueles que participaram do projeto, portanto não é aceitável qualquer ato
de irresponsabilidade. De nenhuma parte. Estamos todos juntos, unidos pelo mesmo propósito e vamos até o fim, e que o fim ainda demore a chegar.
** Eu confesso que assisti a estreia de Mano Menezes e o novo time brasileiro, como quem se preparava para ver um filme e dos bons, daqueles bem indicados, e que portanto não seria decepcionante. E não foi mesmo. O enredo era bem claro, ele mostraria o que a gente não viu durante um bom tempo, ou seja, futebol de verdade. Foi prazeroso ver a nova Seleção Brasileira e, pela repercussão, imagino que outras pessoas tenham visto o jogo como eu, de uma maneira suave, tranquila. Sem exageros diante desta primeira avaliação, o melhor é projetar uma equipe que, renovada ainda pode melhorar, mas que vai também perder jogos e até não jogar bem. Futebol é um jogo e os adversários nem sempre tão frágeis, o que não foi o
caso do amistoso, afinal os EUA valorizaram a atuação e a vitória da Seleção Brasileira. A conclusão a que cheguei é a de que existe vida pós Dunga. Ainda bem.
** Edir Macedo, após levar a Record ao posto de segunda maior TV do País, deve lançar até o final do ano a Rádio Record News. As emissoras serão abertas nas principais cidades do País e vão concorrer com CBN e Band News FM, e a expectativa é de que milhares de profissionais sejam contratados. Ano passado o grupo investiu cerca de R$ 200 milhões na criação dos estúdios do Recnov no Rio de Janeiro gastou ainda cerca de metade desse valor na implantação do site R7, e agora pretende investir o que for necessário para criar sua rede de rádios. O mercado agradece, serão criados mais empregos e os ouvintes ganharão mais uma opção no dial.
** E em São Paulo ainda se fala muito na implantação de uma rádio com 24 horas de programação esportiva. O projeto que está no papel, deve se tornar realidade nos próximos meses.
** O Palmeiras ainda precisa melhorar para se tornar uma equipe competitiva, e que mesmo em torneios como a Copa Sul-Americana, pode conseguir algo. A derrota em Salvador expôs os velhos defeitos e apresentou alguns novos, e Felipão precisa é de material humano para botar esse time nos eixos.
** O que faltou ao São Paulo, tem sobrado ao Internacional. Garra. O tricolor até jogou futebol no jogo que o eliminou das finais, no Morumbi, mas o Colorado tem raça e mostrou isso mais uma vez, agora diante de um adversário que tinha sua torcida e o gramado sintético como aliados. Pintou o campeão das Américas, com louvor.