Jociano Garofolo
Otimismo. Esta é a palavra que resume o sentimento dos jogadores e comissão técnica do CAV (Clube Atlético Votuporanguense), durante o treinamento de ontem, no Estádio Municipal Plínio Marin. A derrota para a Santacruzense manteve a fase negativa nos resultados, mas parece ter reacendido o espírito de luta dos jogadores para a primeira partida da segunda fase, contra o time do Olé Brasil, amanhã, em Ribeirão Preto.
O técnico Luciano Gusso realizou um treino tático indicando qual a movimentação correta da equipe no ataque, a passagem dos laterais, e a troca de posição dos atletas durante diversas situações de jogo. O time titular no treino de ontem tinha a seguinte formação: Diego no gol, Rafael Vaz e Tom na zaga, Mandágua na lateral esquerda, Saimon na lateral direita, Gleidson como primeiro volante e Paulinho como segundo volante, em mais uma linha no meio atuaram Dudu e Leo, e na frente, o ataque contou com Vinícus e Washington. A equipe treinou exaustivamente jogadas de cruzamento e saídas de contra-ataque.
O meia atacante Washington disse que acredita na união da equipe diante do momento adverso. Questionado sobre como os jogadores recebem as críticas de boa parte da torcida, o camisa 10 disse que tudo recomeça na segunda fase, e que as críticas não prejudicam o clima entre os jogadores. "Nossa equipe é muito unida, sabemos que existe muita cobrança do lado de fora querendo nos atingir, mas o grupo está fechado. Nós sabemos do bom futebol que apresentamos no domingo, voltamos a atuar bem. Erramos bastante nos últimos jogos, mas a segunda fase começa agora, e vai se sair melhor quem errar menos. Nós sabemos da importância de começar bem", afirmou.
Gusso confirmou o bom astral dos jogadores e a confiança no grupo, mas advertiu sobre a qualidade do adversário. "O Olé Brasil é um time novo, com muita qualidade. Ele possuem uma defesa forte e tocam muito bem a bola, com muita técnica. Temos que estar preparados sabendo que vai ser um jogo difícil", disse cauteloso.
O treinador destacou que apesar do CAV ter sido derrotado pela Santacruzense no domingo, a partida serviu para reanimar os jogadores. Para Gusso, "o astral está muito bom, os jogadores sabem do jogo bom que fizeram, apesar de não termos alcançado o resultado que gostaríamos. O ambiente está muito bom, tranquilo, mas todos estão cientes da responsabilidade".
O atacante Trévor treinou novamente com bola e conversou com o treinador. Ele garantiu que está em condições de participar da partida de sábado. "Depois de seis meses de esforço para a recuperação da lesão que sofri, finalmente voltei a treinar com bola. Conversei com o Luciano e confirmei que estou disposto a ir para o banco e ajudar a equipe se for preciso. Tenho que pegar o tempo de bola, mas já conheço os atalhos do campo", disse o atacante.
Trévor mostrou personalidade quando questionado sobre a possibilidade de segurar a "batata quente" de entrar no time no momento em que as cobranças e a desconfiança de alguns torcedores são enormes. "Somos todos profissionais, sabemos das dificuldades que a equipe está passando, mas creio que o início da segunda fase é a chance de podermos recomeçar. Eu não considero uma batata quente, mas um desafio pessoal, e acredito que vou poder ajudar a equipe a conseguir um resultado positivo", disse o atacante.
Se for selecionado para a partida por Luciano Gusso, o centroavante deve atuar por cerca de 30 minutos. Parte da torcida conta com o atacante como uma esperançapara uma boa campanha na 2ª fase. "Eu fico contente com o apoio dos torcedores, e espero retribuir com um gol, quem sabe já no sábado, que dedicaria à minha filha, Manoela", prometeu o atacante.