Dupla de ataque de verdade
Mano quer uma dupla de ataque, de verdade, no Corinthians. Diante da Portuguesa, foram Romarinho e Guerrero na frente, ambos com poucas obrigações defensivas. O treinador prefere que o trabalho sem bola mais árduo seja restrito aos meias, Danilo e Rodriguinho, responsáveis por marcar os laterais rivais. Com isso, Romarinho e Guerrero só voltaram até o meio-campo e deixam a defesa adversária mais preocupada. É possível que, em melhor condição física, Pato dispute posição com Romarinho.
Guilherme e Ralf invertem
O posicionamento dos volantes corintianos foi inverso em relação ao time de Tite. Ralf, que jogava pelo lado esquerdo, foi para a direita, e Guilherme passou à esquerda. Pelo novo lado, o ex-jogador da Portuguesa avançou bastante e teve melhor posicionamento para bater de fora. Foram quatro finalizações dele no jogo. Já Ralf precisará participar mais da troca de passes, conforme disse o próprio Mano. No Canindé, ele foi até a linha de fundo, mas manteve uma postura mais cautelosa.
Guerrero é centroavante
Nem mesmo o peruano, com Tite, era absolvido das obrigações sem bola, e voltava bastante e abria para os lados para dar opção. Mas com Mano a tendência é que jogue sempre mais próximo da área e longe dos lados do campo. Diante da Portuguesa, Guerrero fez ótimo papel, participou muito das jogadas na frente e teve oportunidades para marcar. Faltou só um pouco mais de capricho.
Mais deslocamentos e inversões na frente
No formato de jogo que propõe ao Corinthians, Mano deve tentar aperfeiçoar cada vez mais mudanças de posicionamentos para quebrar a marcação dos adversários. Especialmente Rodriguinho, que jogou pela direita e buscou mais a faixa central, e Romarinho, que recuou da frente para dar alternativas, se encaixam nessa mentalidade. Danilo ficou mais preso ao corredor esquerdo e Guerrero ao redor da área. Os laterais, Edenílson e Uendel, apoiaram bastante e encontraram o corredor para atacar em várias ocasiões.
A mentalidade é de protagonista
Em suma, o sistema de marcação forte, com obrigações defensivas para todos os jogadores, dará lugar a uma nova mentalidade. Os dois jogadores da frente trabalham na marcação, mas não recuam até a defesa para dar combate, como constantemente faziam os ponteiros do Corinthians. Na defesa, Mano quer que laterais e zagueiros façam a saída de bola desde a primeira linha.