Treinador do CAV tem pouco tempo para corrigir falhas após a derrota para o América; mudanças podem acontecer no time
Jociano Garofolo
A habilidade do técnico Fransergio Ferreira do CAV está sendo testada ao limite neste início de Campeonato Paulista da Série A3. Após dois importantes resultados, nas vitórias contra a Inter de Limeira e Juventus, foi unânime que o time precisava melhorar, principalmente no setor criativo. Porém, a derrota para o América de Rio Preto por 3 a 1 no domingo (3), no Plínio Marin, trouxe a tona outras dúvidas que precisam ser trabalhadas pelo treinador, em pouquíssimo tempo, já que amanhã é dia de outra batalha, contra a Esportiva Santacruzense.
Contra o América, o time apresentou falhas no setor defensivo, algo que ainda não havia acontecido até então. Kelison, Vinícius e Caio César saíram muito elogiados de campo nas duas primeiras rodadas. Fora isso, o torcedor questiona as atuações do camisa 10 Willian no setor criativo, que ainda não teve uma grande apresentação na A3. Por outro lado, o ala-esquerdo Wallace e o meia Edson Café têm entrado bem quando solicitados pelo treinador.
Em conversa com a redação do A Cidade, o técnico Fransergio diz que a princípio, tudo segue conforme o planejado, mas que mudanças podem acontecer. O departamento médico será consultado, já que o zagueiro Vinícius sentiu a coxa, Cecel o tornozelo e Kauê, um desconforto na virilha. Por outro lado, o volante Rodolfo e o atacante Abraão estão bem fisicamente e podem estrear.
Parte da torcida contesta o esquema tático utilizado até então, o 3-5-2, como excessivamente defensivo, principalmente em casa, e também cobra mudanças na escalação de jogadores. Ao microfone da Rádio Cidade, após o jogo de domingo, Fransergio mandou seu recado: “o torcedor tem todo o direito de vir no campo e opinar sobre o time, mas quem escala sou eu. Estou no dia a dia, sei o que é melhor. Eles (Wallace e Edson Café) entraram bem, e essa é a função do jogador. Na hora que a gente precisa do atleta, ele entra e dá o seu melhor”.
Fransergio negou que o CAV menosprezou o América e que o time tenha entrado de “salto alto”. Porém, foi taxativo ao afirmar que o CAV não teve uma boa apresentação. “Nosso time entrou muito devagar, sonolento, mas vamos trabalhar para corrigir para quarta-feira. Tudo tem que ser pensado. Estamos dentro do nosso planejamento. Assim como os dois jogos que vencemos já ficaram para trás, a derrota também vai ficar”.