Confronto trará uma peculiaridade aos duelos válido pelas quartas de final: duelo da seleção de maior média de idade contra a de menor
Campagnaro é o mais velho da Argentina
Da Redação
O confronto deste sábado no Mané Garrincha, em Brasília, trará uma peculiaridade aos duelos válido pelas quartas de final da Copa do Mundo: será o duelo da seleção de maior média de idade (Argentina) contra a de menor média, a Bélgica.
A média de idade do grupo de Alejandro Sabella é de 27,6 anos, a maior entre os oito melhores que ainda sonham com o título. O zagueiro Hugo Campagnaro, de 34 anos, é o principal representante dessa 'velhice' dos hermanos, que ainda têm Demichelis (33), Maxi Rodríguez (33) e Orión (32). Já os comandados de Marc Wilmots tem uma média de idade de 24,5 anos, a menor nesta fase da competição mundial. O atacante Divock Origi, de apenas 19 anos, é o representante dessa juventude belga. Esse jogador, aliás, é um dos cinco de menos idade entre todos que disputaram o Mundial. Isso sem falar em outros 'bebês', como Nacer Chadli (19 anos, com dois meses a mais que Origi), Lukaku (21) e Courtois (22).
Essa disputa entre 'velhos' e 'jovens' se torna importante e fundamental para imaginar um vencedor pelo que se viu no último jogo, tanto de Argentina quanto da Bélgica. Coincidência ou não, os hermanos ficaram sem perna na prorrogação contra a Suíça. O gol de Dí Maria, em jogada individual de Messi, foi o único lance criado após o término normal. Após a partida, apesar da felicidade pela vitória, os jogadores não esconderam que a questão física virou obstáculo.
- Não há como negar, cansamos. Não foi fácil. Demos tudo em campo e nos desgastamos como nunca - afirmou o lateral-esquerdo Rojo que, assim como os outros titulares, não tiveram treinos com bola nos três dias seguintes à partida, numa demonstração de que a busca é pela recuperação.
Em contrapartida, os europeus não tiveram dificuldade para empurrar os americanos para trás, perder inúmeros gols e pressionar até o último minuto da prorrogação. Não é por acaso que os dois gols da Bélgica saíram depois do tempo normal: Kevin De Bruyne, aos três minutos da prorrogação, e Romelu Lukaku, aos 15 minutos do duelo na Arena Salvador. Demonstração que o fôlego esteve em dia. A juventude da maioria dos jogadores, nesse caso, colaborou...
- A Argentina tem Messi, o Brasil tem Neymar mas a Bélgica tem um jogo coletivo muito forte. Prefiro equipes assim. O que me preocupa mais é o esforço físico. Não acredito que o jogo contra a Argentina vá se definir nos 90 minutos. Deve haver prorrogação e estamos nos preparando para isso - afirmou o técnico Marc Wilmots.