Em cerimônia de posse, o novo provedor da Santa Casa solicitou que políticos e população continuem colaborando com o hospital
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A cerimônia de posse da Santa Casa de Votuporanga ontem mostrou o quanto a nova diretoria do hospital é prestigiada. Empresários, comerciantes, médicos, funcionários da instituição e lideranças se reuniram no Espaço Unifev Saúde para acompanhar a posse de Valmir Dornelas como provedor.
Valmir aproveitou nesta reunião para pedir apoio aos políticos e para a população votuporanguense. “Assumir este cargo requer boa vontade e coragem. Não estou sozinho. Não tenho dúvida que terei o apoio da Câmara Municipal e do prefeito Junior Marão. Com o governo do Estado, já fizemos reunião com o secretário de saúde Giovanni Guido Cerri e no âmbito federal, também fomos muito bem atendidos no Ministério. Peço o apoio da população e de lideranças, que sempre colaboraram seja comprando bingo, jantar, contribuindo na conta de água ou com a nota fiscal”, disse.
Para o novo provedor, a Santa Casa é da população de Votuporanga. “Temos compromisso e responsabilidade. Nós somos apenas gestores, precisamos dos políticos neste desafio”, complementou.
Ele apresentou dados da instituição. O complexo Santa Casa (Sansaúde; AMES (Ambulatório Médico de Especialidades) da cidade, Jales e Santa Fé do Sul; Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); UPA (Unidade de Pronto Atendimento); Consultórios Municipais e Farmácia de Alto Custo) é uma das maiores do Brasil. Em 2012, o hospital realizou 690 mil atendimentos, quase sete vezes mais que a população votuporanguense e o complexo hoje abrange 2 milhões e 100 mil habitantes, o dobro da população de Campinas. Para Valmir, a Santa Casa ajuda no crescimento da cidade.
O presidente da Câmara Municipal, Eliezer Casali, afirmou que a nova diretoria terá todo apoio do Legislativo. “Sempre quando as ações forem a favor da instituição ou da população, iremos apoiar doa a quem doer”, disse.
Referência
Por sua vez, o prefeito Junior Marão ressaltou a importância da Santa Casa para a cidade. “Milhares de pessoas passam por este hospital, que tem o curso de Medicina”, ressaltou.
Ele lembrou que sua história com a instituição começou há 10 anos, quando assumiu a provedoria. “Junto comigo, pessoas abnegadas que foram fundamentais para reconstruir o hospital. A nossa realidade é diferente da de hoje. Quando assumimos, eram 290 funcionários, 100 médicos e atendimentos de média complexidade. Hoje são 1.800 colaboradores, 300 membros do corpo clínico e um hospital referência para uma grande região”, complementou.
Homenagem aos antecessores
O presidente do Conselho Administrativo, Jerônimo Figueira da Costa Filho afirmou que a cerimônia de posse marca a história da Santa Casa, da região e do país. “Todos devem ser homenageados desde os primeiros que colocaram tijolos. Queremos a vontade de colher no dia a dia a alegria no semblante de cada diretor que assume, a vontade de servir. Vocês terão como parceiros cada um dos votuporanguenses”, frisou.
Ministro “Pinóquio”
Em um tom mais áspero, o deputado estadual Carlão Pignatari chamou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de “Pinóquio”. “Ele está lançando programas que não chegam a nenhum município. Precisamos mais de médicos, mas para contratar cubanos, precisamos ensinar espanhol para a população”, disse.
Ele negou que o ministro fará um reajuste na tabela SUS (Sistema Único de Saúde). “Precisamos de dinheiro. O orçamento constava R$ 90 bilhões e o Ministério devolveu R$ 8 bilhões para o Tesouro. É um governo que não tem compromisso com a saúde pública”, ressaltou.
Carlão aproveitou a ocasião para destacar as ações do Estado de São Paulo, que, segundo ele, oferece R$20 milhões só para o custeio do AME de Votuporanga. No ano passado, foram R$ 4 milhões de custeio à instituição por meio de suas emendas.
Ausência
O deputado federal João Dado não estava presente por motivo de compromisso no Norte. Mas enviou um ofício no qual ele afirma que a Santa Casa é modelo de instituição filantrópico para o país e que sua prioridade da administração, a exemplo de sua emenda no valor de R$ 300 mil para a instituição.