Veterinário Élcio Sanchez esteve junto com uma equipe visitando a casa da família na semana passada
Karolline Bianconi
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não recebeu a informação do óbito com confirmação de leishmaniose, informou a assessoria de imprensa da pasta.
Os resultados do exame dos três cachorros da família deram negativo, porém, a casa é positiva. “Isto é, a residência é de fundo com duas árvores mangueiras e outros locais propícios para a criação do mosquito. Significa que o lugar é propício para o criadouro do mosquito que transmite a doença, segundo informações do veterinário Élcio Sanchez, que esteve junto com uma equipe visitando a casa da família na semana passada”, destacou a assessoria.
Neste ano, conforme divulgado pela Secretaria da Saúde, três óbitos humanos foram registrados, 21 suspeitos e 16 confirmados.
Orientações
A leishmaniose visceral é uma doença transmitida por mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.
Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los.
Para prevenir a doença deve-se: manter a casa e quintais limpos; evitar que o cão fique dentro de casa; recolher e ensacar constantemente o lixo doméstico, folhas, frutos, fezes de animais e restos de madeiras e entulhos; realizar a poda de árvores, permitindo que a luz solar alcance sua raiz; usar repelentes, mosquiteiros, telas em janelas e inseticidas e evitar que o cão fique solto nas ruas.
Os sinais e sintomas em cães são: lesões cutâneas, descamação e queda de pelos; úlceras na pele em orelhas, focinho, cauda e articulações; pelo opaco; crescimento anormal das unhas; aumento dos gânglios; conjuntivite; coriza; diarréia; perda de apetite; apatia e emagrecimento.
Já em pessoas os sintomas são: febre com duração prolongada; emagrecimento; fraqueza; anemia; hemorragias; palidez e queda do estado geral. “Não podemos esquecer que os cães infectados podem não apresentar sintomas por um longo período de tempo, por disso devemos deixar realizar os exames nos animais”, concluiu Elcio.