Delegado da DIG explicou que provas ainda estão sendo investigadas, mas que caso será repassado para o 2º Distrito Policial
O delegado da DIG, Antônio Marques do Nascimento Foto: Aline Ruiz/A Cidade
Aline Ruiz
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga continua trabalhando para apurar o atropelamento que matou dois homens na madrugada do último domingo (9), na avenida Emílio Arroyo Hernandes. De acordo com o delegado Antônio Marques do Nascimento, no momento a polícia está em busca de imagens dos radares da avenida e de câmeras de segurança de estabelecimentos para tentar provar o excesso de velocidade do veículo. Posteriormente o caso será repassado para a delegada Karina Tirapeli, no 2º Distrito Policial, onde o motorista e demais testemunhas prestarão depoimento.
Em entrevista para o A Cidade, o delegado responsável pela DIG, Antônio Marques do Nascimento, afirmou que o rapaz, identificado como Plínio Bergamo Pinho, 26 anos, pode ser indiciado por homicídio doloso, quando se assume o risco de matar. “No domingo, para evitar a prisão aqui, ele se apresentou na delegacia de Jales. Lá ele foi ouvido, o delegado entendeu que não houve flagrante e ele foi liberado. Se fosse aqui ele teria sido detido por homicídio doloso”, disse.
O delegado afirmou que, em seu depoimento, Plínio assumiu o atropelamento, mas negou que estava em alta velocidade. “Ele disse que estava passando pela via a 40 km/h e de repente essas pessoas apareceram na frente dele. Uma versão contraditória, já que ninguém arranca a perna de uma pessoa a 40 km/h, que foi o que aconteceu. Ele ainda afirmou que não parou por medo”, disse.
No momento, polícia está em busca das imagens dos radares da avenida e de câmeras de segurança para tentar provar o excesso de velocidade. “A caminhonete foi encontrada no domingo na casa do rapaz, no Jardim Itália. Ela já passou por perícia, onde foi comprovado que é realmente o mesmo veículo do acidente. Mas ainda não é possível dizer a velocidade que a caminhonete estava, porque não tem marcas de freio no chão, já que o rapaz não parou”, explicou.
O delegado afirmou que aguarda as conclusões periciais para dar continuidade no caso. “Depois o caso segue para o 2º Distrito Policial, na Zona Norte, que investiga situações daquela região da cidade. A responsabilidade ficará por conta da Dra. Karina Tirapeli, que vai ouvir o condutor, as testemunhas e dará prosseguimento no caso”, completou.
A defesa
Plínio Bergamo Pinho, 26 anos, é tecnólogo em agronegócios e atualmente está morando em Votuporanga, onde trabalha em uma fazenda. A família dele, porém, é da cidade de Jales.
O advogado do rapaz, André de Paula Viana, disse para o A Cidade que no momento aguarda o inquérito policial para se pronunciar sobre o caso. “No momento nem eu e nem o Plínio temos algo a declarar”, afirmou.