Com a pena aplicada, o réu cumprirá algumas condições impostas pelo regime aberto
Segundo Douglas Fontes, advogado de defesa do réu, o mesmo agiu em legítima defesa (Foto: Gabriele Reginaldo/A Cidade)
Da redação
Anderson dos Santos
Frank, acusado de tentar matar a facadas a vítima Marcos Cândido Pereira, após
um desentendimento no bairro Pozzobon, foi condenado hoje, no tribunal do júri,
no Fórum da Comarca de Votuporanga, a dois anos de reclusão em regime
inicialmente aberto.
Segundo o juiz, Sergio
Barbato Junior, a pena aplicada foi correspondente ao crime. “O julgamento foi
bem tranquilo, não tivemos nenhum problema, o Ministério Público e defesa se portaram
tecnicamente. O rapaz não tem nenhum antecedente criminal, esse é o único
processo que ele responde, tem emprego fixo e tem família, então vai poder
continuar com o emprego cumprindo a pena”, afirmou o juiz ao
A Cidade.
O juiz ainda disse que
as condições do regime aberto que o réu cumprirá são: comparecimento
mensal obrigatório no Fórum, não sair da cidade por tempo superior ao
determinado sem comunicar, recolhimento noturno, não frequentar baladas
(somente quando estiver a serviço). “Se ele for pego em descumprimento, nós
vamos fazer um mandado de prisão e remetê-lo para o semi-aberto”, explicou o
juiz Sérgio Barbato.
Segundo Douglas Fontes,
advogado de defesa do réu, o mesmo agiu em legítima defesa. “Estou satisfeito
com o que foi aplicado, era o esperado e não vou recorrer da decisão. Agora ele
cumprirá com as condições impostas pela pena”, afirmou a defesa.
O caso
O crime teria
acontecido após uma briga familiar, no bairro Pozzobon. Os envolvidos foram
apresentados, na época, no Plantão Policial, onde um boletim de ocorrência foi
registrado. Anderson dos Santos Frank foi acusado de ter perseguido o carro da vítima pelas ruas da
cidade, o que acabou causando duas colisões entre os carros. A vítima, ao descer do carro, quase foi
atropelada pelo acusado, mas se escondeu atrás de uma árvore.
Segundo o MP, o acusado
teria então descido do carro com uma faca e desferido dois golpes contra a
vítima, que foi socorrida e ficou internada, enquanto o réu fugiu. Em
depoimento à Justiça, o réu acusado afirmou que perseguiu a vítima porque temia
que a mesma iria fazer mal a sua família, por isso agiu em legítima defesa. (Colaborou
Gabriele Reginaldo)