O empresário Claudio Yuri e o matador de aluguel Keyssel Oliveira devem pegar 20 anos de prisão
José Arthur Vanzella Seba, o Thui Seba (Foto: Reprodução/Facebook)
O promotor de Justiça José Márcio Rossetto Leite apresentou na tarde desta segunda-feira, 30, na 3º Vara Criminal de Rio Preto, denúncia contra o empresário Claudio Yuri Baptista e o trabalhador rural Keyssel Eduardo de Oliveira acusados do assassinato do advogado José Arthur Vanzella Seba, o Thui Seba. Os dois já estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto e devem ser julgados pelo Tribunal do Juri.
Para o promotor, os dois acusados praticaram um crime de homicídio triplamente qualificado, pela torpeza e paga de recompensa, com crueldade e sem dar chance de defesa à vítima.
"José Arthur foi cruelmente assassinado com cinco tiros na região da cabeça e pescoço, ainda no interior do carro e com o cinto de segurança afivelado e pego de surpresa, após ser atraído pelo sócio e amigo (Cláudio) a um loteamento ermo na periferia de Rio Preto sob o pretexto de olharem terrenos para compra e investimento. Os disparos foram desferidos a curta distância por Keyssel, suspeito de ser matador de aluguel", escreveu o promotor na denúncia.
No dia do assassinato de Thui Seba, Claudio disse no depoimento à polícia que ele e o sócio foram atacados por um desconhecido, viu o amigo ser baleado e fugiu para não morrer também.
As investigações conduzidas pelo delegado Wander Solgon, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), apontaram que Cláudio pagou R$ 50 mil para Keyssel e os dois trocaram ligações dias antes do assassinato.
A investigação apontou, também, que Claudio Yuri fez ao menos duas apólices de seguro de R$ 1 milhão em nome de sócio, mas o empresário seria o único beneficiário em caso de morte de José Arthur.
Além disso, exames feitos pelo Instituto de Criminalística de Rio Preto revelaram serem falsas as assinaturas de José Arthur nas apólices de seguro.
O Ministério Público espera que, ao final do processo judicial, os réus sejam condenados a mais de 20 anos de reclusão em regime fechado.
Os réus que estavam presos temporariamente já tiveram a prisão preventiva decretada pelo Juízo da 3ª Vara Criminal a pedido da Polícia e do Ministério Público.
Fonte: Diário da Região