O número de fraudes deste primeiro trimestre do ano em relação ao ano passado aumentou consideravelmente
Polícia Civil de Três Lagoas e agentes da Elektro fizeram, em maio, ação para indiciar eletrotraficantes na cidade (Foto: Arquivo/Perfil News)
Aline
Ruiz
Os
casos de fraude na rede elétrica de Votuporanga, ou os conhecidos “gatos”, quadruplicaram neste primeiro trimestre do ano. Em relação ao mesmo período do
ano passado, o número aumentou consideravelmente, de 6 casos para 25. Os dados
foram repassados pela Elektro, empresa do Grupo Neoenergia, que divulgou nesta
semana um balanço das ações de combate às fraudes de
energia elétrica.
Os
“gatos” são, nada mais, nada menos, que a manipulação do equipamento, que passa
a não registrar o consumo real da energia usada pelo consumidor. Dentre os 228
municípios atendidos pela Elektro, sendo 223 no Estado de São Paulo e cinco no
Mato Grosso do Sul, a empresa identificou 2710 casos de furto de energia em
2017, já de janeiro a março de 2018, o número de fraudes na rede já totalizou
1043 casos.
Por
meio de nota, a Elektro afirmou que vem ampliando suas ações para combater as
irregularidades. “Dentre elas, o aumento do número de fiscalizações realizadas
e maior atuação com apoio policial para combater os eletrotraficantes”,
explicou.
Na
maioria dos casos, de acordo com a empresa, os “gatos” foram retirados com
apoio da polícia, tanto para garantir a segurança dos eletricistas da
concessionária quanto para embasar o processo judicial, que é aberto logo em
seguida à prisão do eletrotraficante.
Crime
O
desvio de energia elétrica é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal, e a
pena pode chegar a oito anos de reclusão. Além de crime, o gato representa
risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A infração também causa
inconstância na qualidade do fornecimento de energia e parte do prejuízo é
dividida por todos os consumidores na hora do reajuste tarifário homologado
pela Aneel anualmente.
No
dia 25 de abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as
distribuidoras de energia poderão cortar o fornecimento dos fraudadores. Para a
ABRADEE, a decisão protege o consumidor honesto, não permitindo que ele arque
com o prejuízo das fraudes cometidas pelos eletrotraficantes.