Os países que encontraram os caminhos da felicidade precisam ser copiados pelos demais que ainda continuam na desordem e na esperança de também buscar a felicidade de seu povo, na maioria das vezes, sofrido e maltratado pela corja que (des)administra os poderes constituídos. Falo daqueles que abusam do dinheiro público arrecadado e ainda com cheiro de suor do rosto daqueles que produzem e pouco desfrutam. Se você for pesquisar a pobreza infinita de muitos países hoje não irá encontrar dados atualizados porque isso não é feito todo ano, mas nós estamos entre eles, pode crer. A Organização das Nações Unidas (ONU) publica isso de tempos em tempos. Uma coisa é certa, você irá se surpreender porque os números da miséria ultrapassam os limites da decência. Se buscares na História poderá se surpreender com Singapura, um país do Sudeste Asiático oficialmente chamado de República de Singapura.
É uma cidade-estado formada por 63 ilhas e o seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é o maior da Ásia. Em 1965 tornou-se totalmente independente porque Lee Kuan Yew, um estadista de corpo e alma transformou Singapura de pequena cidade portuária em um dos mais ricos centros mundiais. Ele morreu aos 91 anos. Lee foi primeiro-ministro da Cidade-Estado por 31 anos e trabalhou no governo até 2011. Sob seu comando o crescimento do país foi classificado por muitos como uma espécie de milagre econômico, uma mistura de capitalismo privado e estatal. Hoje, o país é reconhecido como próspero e moderno, com quase nada de corrupção. O estadista, no entanto foi bastante criticado por violações de direitos humanos. Durante seu governo ele estabeleceu restrições à liberdade de expressão que ainda está em prática no país. Lee foi um dos fundadores do Partido da Ação Popular, que governou o país desde 1959 – e também o primeiro do partido a ocupar o cargo de primeiro-ministro. Quando deixou o poder em 1985, Lee tinha vencido sete eleições e era o primeiro-ministro de maior permanência nessa função do mundo. Advogado formado na Universidade de Cambridge, ele comandou o país durante sua fusão e sua subsequente separação da Malásia, algo que descreveu como “um momento de angústia”.
Instituiu medidas para coibir a corrupção do país, criou programas de construção de casas a preços populares e de industrialização, para criar emprego. Também tentou unir os diversos grupos étnicos que habitavam na ilha, forjando uma identidade baseada no multiculturalismo. O primeiro-ministro, no entanto, mantinha um firme controle da Cidade-Estado, o que a transformou em uma das sociedades mais reguladas do mundo. Para controlar o crescimento populacional, ele aumentou os impostos para os que tinham mais de dois filhos. Anos depois, isentou as mulheres com educação superior dessas políticas para encorajá-las a terem famílias maiores. Havia políticas em prática para que os cidadãos fossem mais gentis, menos barulhentos, aprendessem a dar descarga e até mesmo deixar de mascar chicletes. Um socialista de formação, Lee tornou-se anticomunista, mas foi acusado por críticos de adotar uma série de práticas de regimes comunistas em Singapura, como o controle de diversos aspectos da vida dos cidadãos. Através do investimento em educação, Lee se propôs a criar novas gerações de profissionais altamente qualificados. Além disso, ele ofereceu incentivos para empresas e investidores estrangeiros, com o objetivo de transformar Singapura em um polo industrial.
De 1960 a 1980, o PIB per capita aumentou 15 vezes e Singapura tornou-se um centro financeiro global. No entanto, um dos legados de Lee é também a repressão à imprensa. Muitos críticos afirmam que o desenvolvimento do país foi conseguido à custa da liberdade de expressão, citando seu hábito de processar meios de comunicação que não concordavam com ele. Alguns de seus críticos e oponentes foram presos sem julgamento, o acesso a veículos de comunicação estrangeiros era restrito. A “liberdade de imprensa deve estar subordinada à necessidade prioritária de integridade em Singapura”, afirmou. Ele justificava sua posição dizendo que os jornais eram financiados por interesses estrangeiros hostis ao seu governo. No Parlamento de Singapura há apenas e tão somente seis legisladores da oposição. Outras medidas estabelecidas por Lee, como leis que estabeleciam castigos físicos e o investimento do governo em fazer com que as mentes mais brilhantes do país se casassem – para terem bebês mais inteligentes – sempre foram alvo de críticas. Lee, no entanto, manteve suas convicções até o fim. “Quem governa Singapura tem que ser de ferro ou desistir. Passei minha vida inteira construindo-a e enquanto eu estiver no comando, ninguém vai derrubá-la”, disse, em um comício em 1980. Lee eliminou toda corrupção.
Havia no país cerca de 500.000 encarcerados pelos mais diversos motivos, principalmente corrupção e atentado ao pudor. Todos os políticos corruptos estavam atrás das grades. Precisamos copiar isso urgentemente. Nenhuma mulher poderia sair à rua porque corria o risco de estupro. Desse número de presos sobraram apenas 50 deles porque o restante foi eliminado com a argumentação para as famílias de que todos era um câncer para a nação e as famílias pagaram os custos desses projéteis. Hoje, Singapura tem o melhor aeroporto do mundo, de acordo com o prêmio SkyTrax Airport Awards, divulgado todos os anos desde 1999. A edição 2015 da pesquisa se baseou em avaliações de 13 milhões de pessoas de 112 nacionalidades em diferentes categorias, coletadas entre maio de 2014 e janeiro de 2015. Mais de 100 companhias aéreas operam no aeroporto de Changi, que tem voos para cerca de 300 cidades em 70 países. Nada se pode fazer de irregular por lá, muito menos aproveitar do dinheiro público, adulterando licitações e concorrências públicas com obras que não saem do papel, atrocidades que estamos cansados de suportar. É por isso que a cada dia aumenta a minha inveja por um país sério que faz do seu povo a única razão de ser patriota.