Apesar de a informação ter sido corrigida no cartório, ainda continua errada no banco de dados do Detran
O erro de um cartório está obrigando um morador de Votuporanga
(SP) a ter de provar que está vivo. O problema começou há dois anos, e ele já
passou pelo constrangimento mais de uma vez.
Aos 64 anos e cheio de vida, o feirante Osvaldo Andreu passa por uma
situação no mínimo curiosa. Ao fazer a transferência de um carro veio a
surpresa: no sistema do Detran, Departamento Estadual de Trânsito, ele é
considerado morto. “Vendi um carro para uma pessoa em Fernandópolis
(SP) e quando ele foi transferir o veículo, constatou esse óbito”, afirma
Andreu.
Esta não é a primeira vez que o feirante passou por isso. Há dois anos depois
de registrar a morte da mãe em cartório, ele começou a ter problemas. “Após dois
meses para minha surpresa fui ao INSS para receber meu beneficio e não tinha
nada, estava zerado. O banco puxou os papéis e apontou como óbito, mas aí foi
regularizado a situação”, diz o feirante.
O engano aconteceu no cartório de registro civil de Votuporanga. Segundo a
responsável, houve um erro quando os dados das certidões de óbitos foram
passados para o sistema informatizado. “Algumas informações, de acordo com
alteração no layout do sistema, foram inseridos incorretamente. E isso acabou
constando no sistema o óbito do declarante e não do falecido”, afirma a
responsável pelo cartório Rosângela Lopes.
Apesar de a informação ter sido corrigida no cartório, ainda continua errada
no banco de dados do Detran. “O sistema aceita a informação do cancelamento do
CPF, mas para fazer a reativação tem de ser de forma presencial”, diz
Rosângela.
Enquanto isso, Osvaldo segue tendo que comprovar o óbvio. “Agora tenho de
ficar comprovando que estou vivo”, afirma. O Detran disse que vai procurar as
informações junto ao INSS para atualizar os dados do Osvaldo. (G1)