Edson Fávero diz que durante feira livre da São Bento, não tem sido registrado ocorrências e dispara que uso de drogas ocorre em toda cidade
O “Chumbinho”, sugeriu fiscalização da PM na São Bento; capitão Fávero defendeu trabalho
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O capitão da Polícia Militar de Votuporanga, Edson Fávero, desabafou ontem, durante reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurtança). Em seu discurso, ele enfatizou que nem tudo o que acontece de ruim na cidade pode ser considerado como “culpa” da PM. Ele ainda pediu para que os cidadãos participem mais dos trabalhos da PM, denunciando crimes.
Reivindicação
Tudo começou quando o comerciante Edivaldo Tonin, conhecido como “Chumbinho”, sugeriu que a PM atuasse dentro da Praça São Bento, nas noites de quinta, quando acontece a feira livre. Ele disse que quando ocorre o evento, existem pessoas que usam drogas pela praça, assim como delitos.
Resposta
O capitão explicou o que de fato ocorre no local. Começou dizendo que a única opção de lazer para as pessoas carentes são eventos abertos, como por exemplo, as feiras. “Onde as pessoas do Matarazzo, Pró-Povo e demais bairros desprovidos vão? Não tem opção de lazer na cidade e a feira livre é um espaço aberto para todas as classes sociais. E se a pessoa for ‘feia’, que é um termo muito usado para referir-se a alguém que esteja sujo ou com uma roupa diferente, eu vou chegar nela e pedir para ela se retirar porque é ‘feia’? Não vou ‘tocar’ ninguém de lá”, falou.
Pediu para que a sociedade também cobre fiscalização no local do Conselho Tutelar e dos voluntários do judiciário. “Sugiro também que vão até a Câmara, toda segunda-feira, para conversar com os vereadores para tentar resolver algo”, disparou.
Crimes
A autoridade policial ainda destacou que o modo como o comerciante descreveu o comércio no local era semelhante a um cenário de guerra. “Não é isso que tenho conhecimento. Não tem registros de furtos e roubos durante a feira. E ai eu pergunto: as pessoas procuram acionar a PM para alguma denúncia? Não, porque ainda existe aquele pensamento de que a PM sabe quem ligou, e ai prevalece o medo. Se não querem participar como cidadão, contribuindo com a PM, denunciando quando algo acontece, estas não têm direito de reclamar”, disse.
Ele foi além: opinou que se acaso a praça tivesse sendo vista da maneira que o comerciante expôs sua opinião, o local não teria clientes e nem barracas. “Se estivesse neste caos, ali não teria circulação de pessoas”, disse.
O capitão falou que a Tropa de Choque tem marcado presença nas últimas quatro semanas de feira.
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CRED: Karolline Bianconi/A Cidade