Andressa Aoki
O investigador da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Jairo Berteli Gabaldi Pereira participou, na última sexta-feira, de um seminário sobre tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual. Presidido pelo deputado Fernando Capez (PSDB), o evento contou com a presença da atriz Cláudia Raia, que interpretou, na novela Salve Jorge, uma personagem que aliciava menores para fins de prostituição.
Jairo contou para o jornal A Cidade que o tráfico de seres humanos vivos, atualmente, é mencionado por doutrinadores como um crime invisível, ou seja, o crime se consuma e muitas vezes não é visto, nem denunciado às autoridades, e, por consequência, as organizações criminosas, ramificadas em vários países, que aliciam pessoas, não são identificadas, desarticuladas ou responsabilizadas criminalmente. “Trata de crime que abusa da confiança das suas vítimas, as quais são abordadas com falsas promessas de oportunidade de trabalho lícito no exterior ou até mesmo em outros Estados. O tráfico de pessoas tem como finalidade a obtenção de lucro, enriquecimento, por meio da exploração sexual, extração de órgãos, trabalho escravo e comercialização de crianças”, afirmou.
Para ele, a prevenção do tráfico de pessoas é indispensável. “A novela exibida recentemente retratou as articulações de uma organização destinada ao tráfico de mulheres para a exploração sexual o que, certamente, despertou a atenção da sociedade para essa modalidade de crime. É necessária a atuação de todos, por meio de denúncias, junto aos órgãos que investigam as organizações criminosas do tráfico de seres humanos vivos para que seja superada a barreira da invisibilidade da criminalidade nacional ou transnacional”, ressaltou.