Em entrevista na Rádio Cidade, ele atacou secretárias de Assistência Social e Educação, e não teme volta à Câmara
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira, esteve ontem no Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, falando sobre o seu desentendimento com a secretária de Assistência Social, Marli Pignatari. Na manhã de quarta-feira eles se desentenderam, e Pereira expôs em seu perfil do Facebook o que ocorreu. Na rádio, Emerson falou como é seu relacionamento com os demais secretários e quer que o prefeito Junior Marão tome uma decisão: ou cobre melhor empenho da secretária em relação aos pedidos de sua pasta, a de Direitos Humanos, ou até mesmo, retire-o de seu secretariado. Sendo assim, Emerson voltaria para a Câmara, intenção que nunca escondeu desde que assumiu a pasta neste início de ano.
Na rádio, Emerson contou como tudo ocorreu. “A Marli foi na Secretaria de Direitos Humanos porque não gostou de um ofício que enviei. Nele, eu pedia providências a um cidadão votuporanguense, um senhor, que está passando fome e está prestes a fazer uma cirurgia. Ele queria uma cesta básica, assim como outras pessoas que me procuram e sempre que ligam na Assistência Social, leva um ‘não’ na cara. Ela não está dizendo ‘não’ para este secretário, mas sim, à população de Votuporanga. Eu não preciso de cesta básica, de passagem e nem de fralda. É preciso que atendam com mais dignidade a população com respeito”, disparou.
Segundo o secretário, Marli alegou ainda que já tinha equipe para fazer este tipo de trabalho. “E eu disse q liguei várias vezes para as pessoas de confiança, mas ninguém toma providencia, é chover no molhado. Liga, conversa na hora e não é resolvido o problema, fora as denuncias que recebo sobre o mau tratamento. As entidades reclamam. A Assistência Social é a menina de ouro da Prefeitura, tinha que se trabalhar com mais carinho e humildade”.
E falou mais. “Eu disse para a Marli, dentro da minha secretaria que o que ela estava fazendo é com dinheiro público, que vem do imposto da população. Tudo o que se fizer, deve ser pensado como secretária, em resolver o máximo possível para a cidade, pois os moradores é que pagam o nosso salário. E esta é a maior tristeza, enquanto secretário, é que as vezes não sou atendido”.
Emerson destacou que foi o vereador mais votado em 2012 e que assumiu a secretaria com muito carinho e felicidade no coração. “Mas vem sendo coagido e do jeito que está, não pode continuar. Fiz o compromisso de lutar pelos mais necessitados e mais pobres”, disse, e emendou: “como estas secretarias acabam dizendo ‘não’, será que é por motivo particular, é problema político? Não entendo o que está acontecendo”, falou.
Ele aproveitou a oportunidade para elogiar a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Juliana Marão. “Ela muitas vezes me ajuda a resolver problemas”, disse.
O secretário pede uma providência para o que está acontecendo ultimamente. “Algo deve ser feito, senão, retorno à Câmara sem a minha aprovação, porque eu pretendo ficar na secretaria. O prefeito tem que resolver isso, pois foi ele que me deu oportunidade de ocupar cargo”.