Maria Almeida sofreu queda em janeiro deste ano, enquanto estava em canteiro da av. Emilio Arroyo; buraco teria sido deixado após retirada de decoração natalina
Karolline Bianconi
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Um buraco aberto no canteiro da avenida Emílio Arroyo Hernandes, no Pozzobon, pode ter sido a causa da morte da dona de casa Maria Góes de Almeida, 46 anos. a família registrou boletim de ocorrência e quer providências sobre o ocorrido.
Queda
A reportagem entrou em contato com os familiares da vítima no início da noite de ontem, para saber o que de fato aconteceu. A cunhada da dona de casa, Maria José Marzinoti da Silva, a acompanhou durante seu tratamento, informou que a queda ocorreu no dia 29 de janeiro deste ano, enquanto ela atravessava a avenida. Ao passar pelo canteiro central, ela teria pisado em um buraco. O que a família sustenta é que o buraco teria sido deixado aberto pela Prefeitura, após retirar os enfeites da decoração natalina do ano passado.
Cuidado
Como Maria já tinha passado por um câncer na região do pescoço há 13 anos, a recomendação médica era que ela não poderia sofrer nenhuma queda. “Ela tinha um ferro no pescoço, que foi colocado para reconstruir a vértebra. Com a queda, ela sofreu um ‘tranco’, que aos poucos fez com que ela perdesse os movimentos”, disse a cunhada.
O resgate foi acionado e a dona de casa foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O tratamento era realizado em Rio Preto, como fisioterapia e consultas, uma vez que aos poucos, a vítima estava perdendo os movimentos do corpo. Também eram administrados medicamentos com a proposta de “desinchar” a medula, conforme dito pela cunhada da vítima.
Exame
Somente na última terça-feira, dia 25, foi pedido um exame de tomografia, por parte de uma médica de Votuporanga. Ao chegar no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) é que o exame foi feito, porém, com a vítima passando muito mal, a ponto de estar intubada. Após o atendimento, Maria piorou e foi levada às pressas para a Santa Casa, mas no trajeto veio a falecer.
O marido de Maria, o comerciante Gilmar da Silva, afirma que tudo ocorreu devido ao tombo no começo deste ano. Ele disse que registrou o boletim de ocorrência há um mês e meio, pois foi orientado a informar à polícia o que de fato iniciou a piora na saúde da esposa. “Perdi minha companheira com 46 anos, ela era nova. Isto foi irresponsabilidade da Prefeitura”, afirma.