Mais de 2 mil pessoas vestidas de verde e amarelo participaram da passeata neste domingo pelas ruas do Centro da cidade
Secretário Diogo Mendes Vicentini chamou os manifestantes para a passeata
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Quem pensa que só os jovens saíram às ruas neste domingo está enganado. O que se viu em Votuporanga foram famílias inteiras e até idosos, todos de verde e amarelo mostrando suas indignações com o cenário político em que o país se encontra. De acordo com a Polícia Militar, mais de 2 mil pessoas compareceram ao evento.
A concentração começou a partir das 9h, na Concha Acústica, e reuniu lideranças políticas, além de representantes de clubes de serviço do município, como Rotarys e Maçonaria. Um dos presentes no ato foi o vice-prefeito Waldecy Bortoloti. “Estou aqui sem fins partidários, protestando contra a corrupção de um modo geral”, falou Bortoloti.
O vereador Osvaldo Carvalho também esteve presente durante a concentração dos manifestantes na Concha Acústica. “Nossa participação é de apoio a essa manifestação, principalmente para que possamos sensibilizar o governo para que haja uma reforma política, a mãe de todas as reformas. Que também acabem com os financiamentos intermináveis e com isso possamos mudar e acabar com a corrupção”, disse.
Quem também esteve apoiando a passeata e inclusive chamou os manifestantes para começar o passeio foi o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini. “Vim com o pessoal da Loja Maçônica Universal 50, mas estamos todos com o mesmo intuito, acabar com a corrupção em nosso país”, contou.
O secretário de Trânsito, Transporte e Segurança, Alberto Casali também compareceu ao evento. “Alguma coisa tem que mudar, é isso que queremos, mudança e que essas manifestações consigam atingir esse objetivo”, comentou.
Um dos organizadores do protesto, Rafael Souza, ficou contente com a grande adesão do público. “Está até acima do que eu esperava, por sermos uma cidade do interior, ter um movimento político como esse é muito importante. São pessoas que não aguentam mais pagar os altos impostos, são pessoas de todas as classes sociais, com um único interesse: mudança”, disse.
O agricultor Danilo Beloti Fávero levou o seu trator e se dispôs a puxar a passeata. “Vim aqui por iniciativa própria e me prontifiquei por que também tenho a mesma indignação com a situação política que estamos passando, queremos melhorias em todos os sentidos”, falou.
Passeata
Os manifestantes saíram da Concha Acústica e seguiram rumo à praça São Bento, onde pararam e cantaram o Hino Nacional Brasileiro. Depois, retornaram para a Concha. No meio dos trajetos, frases contra o governo, contra a presidente Dilma e contra a corrupção eram reforçadas pelos participantes.
A Polícia Militar acompanhou todo o trajeto e fez a segurança dos manifestantes interditando as vias por onde passaram. De acordo com o capitão Edson Fávero, mais de 2 mil pessoas estavam no local. “Contamos por base como quatro pessoas por metro quadrado, mas tudo ocorreu de forma pacífica. Nossa preocupação era de terem grupos diferentes, mas o que vimos aqui são pessoas calmas, todas no seu direito de manifestação”, disse.
Opinião
O prefeito Junior Marão também falou sobre o grande manifesto realizado no país no último domingo, uma vez que teve a oportunidade de acompanhar o protesto na avenida Paulista, na capital. "Foi um recado importante para o Governo Federal, que insiste em dizer que se trata de um movimento elitista. Não é, na verdade o protesto foi um recado claro para toda a classe política de que as pessoas querem exercer sua cidadania", disse.
O prefeito também acompanhou de longe, as manifestações de Votuporanga. “Todos mostraram sua indignação contra a corrupção de um modo geral, a situação em que vivemos, inflação, aumento da energia, dos combustíveis, início da queda do emprego. Mas isto serviu para o governo olhar com mais atenção para suas medidas. Eu estava lá em São Paulo, dei um pulinho na avenida Paulista acompanhando, fiquei muito impressionado, nunca tinha visto nada parecido, a quantidade de gente chegando por todos os lados”, contou.