Utilizar o Cemitério Parque Jardim das Flores, que é uma concessão municipal, é uma das soluções para os próximos 15 anos
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
A construção de um novo Cemitério Municipal foi um dos assuntos mais discutidos durante a audiência pública realizada na tarde de ontem pela Secretaria da Cidade. A questão foi levantada pelo vereador Osvaldo Carvalho, que perguntou se um novo local para sepultamentos iria ou não ser construído no município. O Cemitério Municipal de Votuporanga não possui mais vagas para a construção de jazigos e capelas há muito tempo, sendo recomendável agora sepultar os mortos em gavetas familiares já existentes.
O chefe da área de apoio à gestão da Secretaria da Cidade, Edson Ginari, disse que a atual Administração Municipal formou uma comissão para avaliar uma área para um novo cemitério. “Foram discutidas diversas situações, uma delas foi fazê-lo n o espaço onde se encontra a Casa da Criança, mas, por questões ambientais, não foi possível viabilizar a área”, explicou.
O vereador Osvaldo Carvalho falou sobre a possibilidade de fazer a ampliação no cemitério de Simonsen. “Acredito que essa seria uma possibilidade inviável, uma vez que Simonsen é um distrito pequeno e a área não atenderia a demanda de sepultamentos de Votuporanga por mais de 6 ou 7 anos, no máximo”, respondeu o chefe da área ao vereador.
Para se ter uma ideia, segundo dados divulgados pela Secretaria da Cidade, só no último semestre do ano passado foram 229 sepultamentos no Cemitério Municipal, um aumento de 27,9% referente ao primeiro semestre de 2015. Já no Parque Jardim das Flores, foram 82 na área tumular e 20 na área parque, aumento de cerca de 30% em ambas as áreas.
Edson ainda comentou que é complicado construir um novo cemitério na cidade. “A questão é que todos querem sepultar no Cemitério Municipal, ele é centralizado na cidade, relativamente perto, mas ninguém quer morar perto de um cemitério, existe esse preconceito ainda, então isso pode acabar sendo um problema”, contou.
Ele ainda disse que, por questões orçamentárias, foi discutida a possibilidade de conseguir uma autorização para explorar o Cemitério Parque Jardim das Flores na parte de sepultamentos convencionais. “Isso já acontece, por isso tem aumentado tanto o número de sepultamentos naquele local. Ele não é público, porém é uma concessão municipal, quem determina os preços é o município. A pessoa que é sepultada na área convencional não paga taxa anual, o município paga essa parte”, comentou.
Edson finalizou dizendo que no Cemitério Parque existe espaço para atender as demandas para mais uns 15 anos. “Como não foi pensada com antecedência essa questão de um novo cemitério, essa seria a solução, o local é menor do que um novo cemitério, mas é isso que temos e a solução ainda está em aberto”, finalizou.