Leonardo Gouveia dos Santos caiu do telhado e ficou tetraplégico; desde então são muitas as dificuldades enfrentadas
Daniel Castro
A vida de Leonardo Gouveia dos Santos, 27 anos, não tem sido nada fácil desde o dia 4 de julho de 2013, quando ele caiu do telhado e ficou tetraplégico. De lá para cá são inúmeros os desafios, que ele enfrenta com fé em Deus e sempre do lado da esposa Caroline Lorena Ramos Araújo dos Santos, 22 anos.
A família, que conta ainda com a filha do casal, de 3 anos, sobrevive praticamente com as doações, uma vez que recebe somente dois salários mínimos, porém precisa pagar pensão para um filho, e a família também fez um empréstimo para pagar algumas dívidas, então sobra pouco para tantos gastos.
Antes do acidente, eles moravam de aluguel, porém depois, com mais gastos, seria complicado, por isso decidiram construir uma pequena casa na frente da residência da avó de Carol. A construção só aconteceu por causa das doações, porque a família realmente não tinha dinheiro. Os móveis da casa também foram todos doados. “Estamos há quase dois anos aqui”, contou.
Hoje a vida do casal se resume a ficar em casa. Eles até tinham um carro, mas, por conta de todas as despesas, precisaram devolver.
A família sempre necessita de materiais para curativos, luvas de procedimento e óleo de girassol. Eles também precisam de alimentos. Recentemente uma pessoa doou um colchão pneumático, que deve estar na casa nas próximas semanas. O colchão atual já é bem velho e precisou de alguns remendos para durar mais.
As pessoas interessadas em ajudar o casal podem levar doações na casa deles, na rua Rio de Janeiro, 1876, no bairro Paineiras. Existe ainda uma conta poupança, na Caixa Econômica Federal: agência 0364 013, conta 00096328 – 5.
Acidente e tratamento
No dia 4 de julho de 2013, Leonardo trabalhava em um telhado quando caiu e quebrou quatro vértebras da coluna e ficou tetraplégico. No mesmo dia ele foi encaminhado para São José do Rio Preto, onde permaneceu durante três meses (um mês na UTI e dois na semi). Ele teve seis paradas cardíacas, os dois rins pararam de funcionar, então fez hemodiálise e os órgãos voltaram a trabalhar. Leonardo sofreu ainda infecções no sangue e no pulmão. “Tudo o que a gente imaginar ele sofreu”, lembrou a esposa.
Posteriormente, ele foi transferido para Votuporanga, onde respirava com o auxílio de um ventilador mecânico, no entanto, a família precisou entrar na Justiça para conseguir o auxílio. Leonardo permaneceu oito meses na Santa Casa. Com o passar o tempo, ele foi melhorando, mas ainda teve algumas paradas cardíacas, até que não precisou mais respirar com a ajuda do aparelho.
Casamento
No dia 24 de janeiro de 2014, Carol e Leonardo se casaram na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Votuporanga. Marcada por muita emoção e alegria, a celebração aconteceu na capela ecumênica do hospital. “Sempre nos amamos muito e tínhamos o sonho de nos casar. Vimos que era possível quando conseguimos a autorização do Cartório, que, aliás, não nos cobrou nada pela cerimônia”, disse a então noiva.