Dirigente regional de ensino destaca que é papel dos pais educar as crianças e incentivar o interesse pelos estudos
Leidiane Sabino
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As aulas na rede estadual iniciaram ontem e o dirigente regional de ensino de Votuporanga, José Aparecido Duran Neto, esteve na Rádio Cidade para falar sobre o assunto e também destacou o papel da família para que o aluno tenha uma boa aprendizagem.
O dirigente disse que a família não pode perder o seu filho de vista. “Como dizia Içami Tiba, é preciso abraçar o seu filho, você conhece o cheiro dele e vai perceber se algo mudou. Hoje, a família está muito distante, cada um tem a televisão em seu quarto, o filho sai e não tem hora para voltar. É preciso ter mais respeito, por isso que as igrejas estão preocupadas e todos nós, porque precisamos fazer com que a família abrace mais seus filhos para que tenhamos melhor qualidade de vida”.
Duran ainda pediu apoio. “Muitas vezes temos, além da aula regular, um professor auxiliar, aulas de recuperação e a família não faz com que o aluno vá à escola. Aquele estudante que mais precisa não tem o apoio dos pais”.
“Nós precisamos que a educação da família faça com que o filho tenha melhor escolarização. O aluno não está saindo sem saber, estamos provando que os resultados têm melhorado. O que precisamos fazer é com que ele assuma o compromisso de ir para a escola e seja promovido com qualidade”, destacou Duran.
Sobre a aprovação automática, Duran explicou que ela pode acontecer até o terceiro ano do ensino fundamental, nesta série, o aluno pode ser reprovado; depois, começa um novo ciclo e, no sexto e nono ano, ele pode ser reprovado novamente. Antes disso, ele faz as atividades que não cumpriu para que complete o ensino.
“O grande problema é esta discrepância entre família e escola. Nós temos aluno de escola pública que entrou em Odontologia na Unesp, mais de 50% dos alunos da Unicamp são de escolas públicas. Temos alunos da escola Enny Fracaro que vão fazer Veterinária na UNB, em Brasília, temos bons resultados para apresentar, mas a escola é um complemento, o aluno precisa ter vontade. Temos estudantes que não caminham, que não têm interesse e muitos acabam abandonando no meio do caminho”, destacou.