Casos de caxumba e conjuntivite em Votuporanga já são registrados neste início de ano; Saúde orienta população
Casos de conjuntivite e caxumba têm sido registrados em Votuporanga. Por isso, a Secretaria Municipal da Saúde através da Vigilância Epidemiológica orienta a população para os cuidados básicos necessários para se evitar essas doenças.
Nas três primeiras semanas de 2017 foram registrados 76 casos de conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva; da membrana que recobre a face interna das pálpebras. As conjuntivites podem ser virais, bacterianas ou alérgicas. A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Danúbia Franco, explica que a disseminação da doença pode ocorrer facilmente devido ao caráter contagioso das conjuntivites virais e bacterianas. “A transmissão ocorre com mais facilidade em ambientes coletivos como escolas, creches e fábricas, através de objetos contaminados. A situação pode agravar-se principalmente, quando as condições de saneamento básico, higiene pessoal e domiciliar não estão a contento”, esclarece.
As conjuntivites virais apresentam secreção esbranquiçada em pouca quantidade, com duração de aproximadamente 15 dias até a evolução para a cura. Os principais sinais e sintomas das conjuntivites são: lacrimejamento, inchaço e vermelhidão das pálpebras, secreção amarelada, intolerância à luz, sensação de areia nos olhos, visão borrada e pálpebras grudadas ao acordar.
“As conjuntivites bacterianas, na maioria das vezes, regridem dentro de três a cinco dias, e produzem bastante secreção purulenta”, conta a enfermeira.
Para prevenir-se da conjuntivite é necessário afastar as pessoas com conjutivite viral dos ambientes coletivos, lavar as mãos e rosto com frequência com água e sabão, evitar coçar os olhos, usar lenços, toalhas e travesseiros individuais; não utilizar objetos de pessoas que estejam com conjuntivite (lápis de olhos, lenços, travesseiros, etc), limpar frequentemente as superfícies que foram tocadas por pessoas com conjuntivite, com água, sabão e álcool 70%.
Caxumba
Para se evitar o contágio da caxumba é necessária a vacinação através da tríplice viral, que protege contra a caxumba, rubéola e sarampo. Nestes primeiros dias de 2017 o município registra 20 casos positivos da doença.
A vacina é disponibilizada gratuitamente pela rede pública de saúde e consta do calendário de rotina de vacinação. Este ano, o esquema completo da vacina sofreu alterações; duas doses para pessoas de 12 meses de vida até os 29 anos e dose única para a faixa etária dos 30 aos 49 anos. “A inclusão dos adultos neste novo esquema se deve a uma lacuna vacinal neste público e a ocorrência de surtos de caxumba nos últimos anos”, conta a enfermeira responsável pelo setor de imunização da Secretaria da Saúde, Danieli Fortilli.
A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas, um dos três pares de glândulas que produzem saliva. As parótidas estão situadas entre suas orelhas e à frente delas. A caxumba é comum em crianças, mas também pode afetar os adultos, ocorrendo em uma ou nas duas glândulas. “Este agravo é altamente contagioso e transmitido facilmente pelo ar e pelo contato direto com as secreções das vias aéreas da pessoa infectada”, explica Danielli.
Nos casos de suspeitas dessas doenças procurar por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA-24 horas), no Hospital “Fortunata Germano Pozzobon”, na zona norte, ou na unidade de saúde mais próxima.
Para os adultos também houve alterações no calendário vacinal. Duas doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) estão sendo oferecidas para pessoas de 12 meses de vida até os 29 anos. Dose única para a faixa etária de 30 a 49 anos.