Passar trote é considerado crime e pode atrapalhar os serviços prestados pelo Corpo de Bombeiros
Aline Ruiz
aline@acidadevotuporanga.com.br
Uma simples “brincadeira” pode colocar em risco o patrimônio e a vida da população. Os trotes para o serviço de emergência do Corpo de Bombeiros de Votuporanga felizmente não são tão comuns no município, mas ainda existem. Segundo informações do tenente Silvestre, de cada 50 ligações recebidas na unidade, dez são trotes telefônicos.
O tenente explicou para o A Cidade que, além dos trotes, eles também recebem muitas ligações inerentes aos serviços do Corpo de Bombeiros. “Às vezes a pessoa liga para conversar, para perguntar a hora ou para perguntar o telefone de algum lugar, acontece de tudo por aqui”, revelou.
Sobre os trotes, o tenente afirmou que sempre procura ter certeza de uma ocorrência antes de sair para a rua. “A gente nunca manda uma equipe para a rua sem antes ter certeza que algo realmente está acontecendo, porque isso demanda tempo e também dinheiro. Claro que em alguns casos, se temos dúvidas, por exemplo, a gente vai até o local averiguar a situação. Mas felizmente nunca caímos em nenhum trote na cidade”, comentou.
A maioria dos trotes, segundo o tenente, são passados por crianças. “A gente acaba reconhecendo pela voz. Uns ligam e apenas gritam, outros ligam com voz de choro, temos que saber distinguir as situações, é complicado. Mas como eu já disse, pelo protocolo, determinados eventos precisam de confirmação”, completou.
É importante ressaltar que passar trote é crime previsto no Código Penal, com pena de detenção de um a seis meses ou multa.