Greve começou na última sexta-feira; o objetivo da greve é reivindicar benefícios, mais concursos e ir contra a privatização da empresa
Os carteiros dos Correios já somam 30% do efetivo paralisado na unidade de distribuição da rua Tocantins, em Votuporanga
Da Redação
Após quase uma semana em greve, os carteiros dos Correios já somam 30% do efetivo paralisado na unidade de distribuição da rua Tocantins, em Votuporanga. De acordo com Sérgio Luiz Pimenta, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São José do Rio Preto e região, 11 bairros estão sem o serviço por conta da greve.
“O reflexo dessa paralisação já soma 11 bairros sem entrega em Votuporanga. Eles estão prejudicados diretamente e infelizmente tem carteiro fazendo mais de um bairro. Inclusive, a nossa luta é pelo concurso para a contratação de mais funcionários para a melhor qualidade do serviço”, afirmou Sérgio Luiz Pimenta.
De acordo com os carteiros, os bairros sem o atendimento são Jardim Itália, Eulália, 6º Distrito, Jardim Belo Horizonte, Boa Vista, Jardim das Carobeiras, Cidade Jardim, Quinta do Mouro, Vida Nova, Vila Pres. Divina de C. Oliveira e prolongamento da avenida Emílio Arroyo Hernandes.
A paralisação começou na última sexta-feira (28). O objetivo da greve é reivindicar benefícios, mais concursos e ir contra a privatização da empresa. “Essa greve não é só nossa, estamos alertando a classe trabalhadora sobre as reformas da Previdência e trabalhistas que vai acabar com a vida dos trabalhadores”, afirmou o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São José do Rio Preto e região.
De acordo com o secretário geral do Sindicato, a empresa fez uma contraproposta, mas não avançou. “Estamos revoltados e esperamos que o problema seja resolvido. A nossa greve é da categoria, então o efetivo de administração e outros setores estão trabalhando, fazendo com que o efetivo esteja trabalhando. Alguns funcionários até estão fazendo entregas do Sedex furando a nossa greve”, afirmou Sérgio Luiz Pimenta.
Segundo os Correios, os trabalhadores devem votar uma nova proposta da empresa e decidir se continuam ou encerram a paralisação parcial. Ainda segundo os Correios, o acordo prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados, e das novas implantações de medidas operacionais. Com relação aos dias parados, a empresa irá realizar o desconto referente à sexta-feira (28). Os outros dois dias serão compensados pelos trabalhadores.
“Quanto ao plano de saúde, os sindicatos poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, afirmaram os Correios.
Situação financeira
Segundo os Correios, nos últimos dois anos, a empresa apresentou prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.
“Os Correios esperam que os trabalhadores tenham bom senso na avaliação da nova proposta e encerrem a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, a sustenta-bilidade da empresa, os próprios trabalhadores e suas famílias e a sociedade brasileira”, disse em nota ao A Cidade.
(Colaborou Gabriele Reginaldo)