O Ministério Público de Votuporanga decidiu arquivar o caso de 2016 ocorrido no Cemei Floriano Marzochi, no Jardim Monte Alto
Caso ocorreu em 2016 no Cemei Floriano Marzochi, no Jardim Monte Alto
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Repercutiu nas redes sociais a decisão do Ministério Público de Votuporanga em arquivar um caso de 2016 suspeito de agressão no Cemei Floriano Marzochi, no Jardim Monte Alto, em Votuporanga. O pedido de acusação havia sido feito pelos pais da criança no final do ano passado, no entanto a Promotoria de Justiça entendeu que não houve crime de maus tratos e o Juizado acatou a decisão. Revoltada com a decisão, a mãe da criança afirma: ‘não acabou!’.
Na internet, a mãe reclamou: “é assim mesmo? Uma pessoa vê vídeos com provas contundentes e sem nem ao menos ouvir a criança envolvida ou os pais, ela resolve arquivar o mesmo”. Ela disse ainda que seu filho ficou com um galo na testa e permaneceu mais de 60 segundos sem conseguir respirar, se batendo, tentando escapar porque estava sendo sufocado.
Ainda na opinião da mãe, tudo foi cometido por “duas pessoas que deveriam ensinar o bem, e nunca o contrário”. “Além disso, ficou com marcas na alma. Ele lembra de cada detalhe daquele dia e pode contar para qualquer um que perguntar, e eles simplesmente saem impunes. Mas não acabou!”, comentou.
Segundo a Prefeitura, o Instituto de Criminalística periciou as imagens e emitiu laudo afirmando que não foi possível detectar ou comprovar a ocorrência de maus tratos contra a criança, na época com 4 anos. Na esfera administrativa, a Prefeitura já havia arquivado o processo mediante conclusão da Comissão de Sindicância, que investigou o caso por meio de depoimentos de testemunhas e análise das imagens das câmeras de segurança, também chegando à mesma decisão de que os educadores não cometeram agressão.
O Poder Executivo observou que a secretária municipal da Educação, Encarnação Manzano, teve conhecimento da decisão judicial e ressaltou que educadores e professores passam por formação constantemente para proporcionar um sistema educacional que prima pela qualidade. Prova disso é o reconhecimento conquistado pelos altos índices, fruto dos investimentos do poder público na área educacional.
Caso
Na época, de acordo com a mãe, de 23 anos, seu filho de 4 anos foi agredido duas vezes. Na primeira: “o educador bateu a cabeça do meu filho no chão porque ele não queria dormir”, contou. Na segunda vez, quatro dias depois: “a segunda vez foi uma mulher. Ela segurou a cabeça do meu filho no colchão, o deixando sem conseguir respirar”.