Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) deve revelar amanhã decisão final sobre denúncia de suposto suborno do Mogi contra a Alvinegra
Marcelo Stringari está confiante que decisão não irá prejudicar o CAV
Fábio Ferreira
Depois da decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) ter sido adiada na semana passada, o Clube Atlético Votuporanguense deve enfim saber no início da noite de amanhã o desfecho do imbróglio envolvendo uma denúncia do Mogi Mirim, que acusa suposto suborno de um ex-funcionário do CAV a um jogador do Sapo para “entregar o jogo”. A partida aconteceu no dia 1º de abril deste ano e na ocasião a Alvinegra venceu o Mogi em casa por 2 a 0.
O caso veio à tona depois que dirigentes do Mogi, ainda em Votuporanga, foram à delegacia local registrar um boletim de ocorrência contra o CAV. Os diretores tentavam provar através da troca de mensagens via WhatsApp entre Anderson Negrini, funcionário do CAV na época, e o zagueiro Marcelinho, do Mogi, que a partida poderia ter tido interferência externa no resultado final.
Depois da divulgação do episódio, o funcionário Anderson Negrini foi desligado da Alvinegra. No campo, o CAV terminou como o primeiro time fora da zona de rebaixamento e garantiu sua permanência na Série A2 em 2018. Já o Mogi Mirim terminou como vice-lanterna e foi rebaixado à Série A3.
Sobre o julgamento final desta segunda-feira (12), o presidente do CAV Marcelo Stringari está confiante em um desfecho favorável a Alvinegra. “Estamos confiantes porque o clube não teve nada a ver com o que eles alegam na denúncia. A conversa foi uma brincadeira entre amigos e o CAV não tinha nem conhecimento disso”, comentou Stringari.
A Votuporanguense será representada pelos advogados Dr. Alexandre e Dr. Fábio do Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo (Sindbol). A decisão foi adiada para amanhã depois que o auditor-relator do caso fez pedido de vistas para analisar melhor a denúncia.
O advogado Elton Tatuí, que representa o ex-funcionário do CAV Anderson Negrini, envolvido diretamente na denúncia, explicou que o pedido de vistas é algo comum. “O pedido é de praxe para examinar melhor os documentos”. Questionado se acredita em interferência política de outros clubes interessados no desfecho do caso, como tem sido cogitado nos bastidores, Elton Tatuí foi direto: “Não acredito, zero chance”.
Por fim, Elton Tatuí ainda afirmou que acredita que depois de três adiamentos a decisão deve sair mesmo amanhã. Sobre a linha de defesa do ex-funcionário do CAV no caso, Elton Tatuí contou que “ele assumiu os fatos e contou como as coisas aconteceram, que tinha sido uma brincadeira”. O advogado ainda explicou que no processo o funcionário foi enquadrado como um intermediário do clube, e “nós estamos defendendo que ele é o autor isolado da ação, sem a interferência do clube”, concluiu.