Afirmação é do presidente da entidade “Irmão Mariano Dias”, Waldenir Cuin, durante reunião com o prefeito João Dado ontem
Segundo Waldenir Cuin, com os cortes, as entidades de Votuporanga podem fechar
Da Redação
A realidade das entidades assistenciais de Votuporanga não é das melhores. Durante o repasse dos recursos obtidos do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente e do Fundo Municipal do Idoso, os representantes apresentaram ao prefeito João Dado a dificuldade que estão passando por conta dos cortes de repasses estadual e federal.
Segundo Waldenir Cuin, presidente da Associação Beneficente “Irmão Mariano Dias”, com os cortes, as entidades podem fechar. Ele informou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb, que era de R$4.400 por criança passou para R$3.900. “Estamos com a mesma estrutura, continuamos com as crianças, então estamos fazendo campanhas promocionais para pagar o Fundeb. Não aguentamos mais um ano se continuar assim”, afirmou.
Waldenir Cuin disse também que o repasse do Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Pnae, está atrasado. “Ele começou a entrar em maio e foi pouco. Nós temos que fazer campanhas para segurar as entidades e estamos perdendo cada vez mais”, lamentou.
Outras entidades que estiveram na reunião, como Recanto Tia Marlene, apoiaram o discurso de Waldenir Cuin.
O presidente da “Irmão Mariano Dias” ressaltou ainda que o trabalho das entidades é importante para o município porque é preventivo. “Nós acolhemos e tratamos das pessoas para que elas não precisem chegar à Santa Casa. Nós estamos fazendo a prevenção e estamos ficando sem repasses. Se pararmos, triplica o número de atendimentos da Santa Casa”, explicou Waldenir Cuin.
O prefeito João Dado, em entrevista ao A Cidade, disse que para melhorar a situação das entidades assistenciais do município, ele vai atuar no Governo Estadual e Federal para que haja o retorno dos valores per capita.
“Enquanto o município tem ampliado em termos reais as suas transferências de recursos para as entidades, a União e o Estado estão reduzindo de forma per capita os recursos destinados. Então, como prefeito, todas as vezes que for à Brasília vou levar um estudo técnico de que houve redução efetiva no valor per capita transferido às entidades, por criança e idoso assistidos, e informar que isso não é factível, porque o custo de vida aumenta, assim como os recursos humanos”, afirmou João Dado.
(Colaborou Gabriele Reginaldo)