Número foi repassado pela secretária da Saúde, Márcia Reina, e corresponde aos atendimentos realizados pelo AME
Secretária da Saúde Márcia Reina, durante audiência pública na tarde de ontem na Câmara (Foto: Aline Ruiz/A Cidade)
Aline Ruiz
O número de pessoas que não comparecem em consultas e exames agenda-dos ainda é preocupante. Afirmação é da secretária da Saúde, Márcia Reina, que, durante audiência pública na tarde de ontem, na Câmara Municipal, divulgou gastos e investimentos realizados pela Secretaria Municipal da Saúde no segundo quadrimestre deste ano. Segundo a secretária, a taxa de absenteísmo em consultas chegou a 9%, e em exames a quase 17%, número ainda elevado considerando que as vagas poderiam ser preenchidas por pessoas que realmente necessitam de atendimento médico.
Para se ter uma ideia, nos quatro primeiros meses do ano foram realizados 5.064 agendamentos. Destes, 4.551 pessoas compareceram na consulta, ou seja, 513 pessoas poderiam ter tido a oportunidade de realizar uma consulta.
No que se refere a exames, o número fica ainda maior. Também nos primeiros quatro meses do ano foram realizados 4.819 agendamentos para exames, porém, apenas 3.799 pessoas comparecem no dia, ou seja, 1.020 pessoas que poderiam ter realizados exames no lugar destas que faltaram.
Embora para alguns pacientes a falta em compromissos médicos possa ser considerada pouco importante, a situação traz problemas que prejudicam ainda mais o sistema público de saúde, atesta a secretária. “O não comparecimento ao agendamento interfere tanto na agenda dos médicos quanto na disponibilidade de funcionários e aparelhos para exames, assim como na remarcação das consultas, ação que aumenta a fila de espera”, explicou.
Caso o paciente não possa comparecer na data agendada, é necessário que procure a Unidade de Saúde com pelo menos três dias de antecedência para desmarcar.
Atendimentos
Os atendimentos médicos ambulatoriais e pronto atendimentos realizados pela Prefeitura de Votuporanga somaram um total de 111.273 em quatro meses. O balanço também foi apresentado na tarde de ontem pela secretária.
Os atendimentos médicos ambulatoriais incluem a área de Programa Saúde da Família; clínica geral; ginecologia; obstetrícia; puerpério; pediatria; puericultura; psiquiatria; ortopedia; urologia; infectologia; neurologia; otorrino e dermatologia. Somando todas as áreas, a Prefeitura realizou em quatro meses 60.574 atendimentos.
Os atendimentos do Programa Saúde da Família foram os que apresentaram índices mais elevados, no total, foram 31.939 em quatro meses. Os atendimentos do PSF são realizados nas unidades de saúde e por meio de visitas domiciliarias pelos membros da equipe de saúde, em atuação interdisciplinar. Em segundo lugar, ficaram os atendimentos com clínicos gerais. Foram 14.162 consultas em quatro meses, sendo que o mês de maio foi o que mais registrou atendimentos, 3.822.
Com respeito ao pronto atendimento médico, foram realizadas um total de 23.060 consultas com médicos plantonistas no Mini Hospital do Pozzobon. Já na UPA 24h (Unidade de Pronto Atendimento), foram 27.639. Juntos, os atendimentos somam um total de 50.699.