Por sua vez, Correios garante ao A Cidade que as entregas retomaram a normalidade no município neste mês de fevereiro
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, faltam carteiros (Foto: Gabriele Reginaldo/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
São muitas as reclamações sobre demora na entrega das correspondências em Votuporanga. Por conta disso, o A Cidade conversou com o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos de São José do Rio Preto e Região e com a própria empresa sobre a questão. O Sindicato destaca que o efetivo na cidade não é o suficiente.
De acordo com o Sindicato, falta efetivo, não há concurso público na empresa desde 2011 e as cidades “estão crescendo assustadoramente, e não se contratam carteiros desde 2012”. O órgão explica ainda que, além disso, a empresa está com um programa denominado PDI (Plano de Demissão Incentivada), em que os Correios pagam um percentual aos interessados durante oito anos para que estes se desliguem da empresa. “Na base territorial do nosso Sindicato, já saíram cerca de trezentos trabalhadores, e as vagas não foram repostas, aí não tem como executar as entregas como fazíamos antes. Em 2011, éramos 130 mil funcionários, hoje estamos com aproximadamente 105 mil a nível nacional”, apontou.
Ainda na visão do Sindicato, a estratégia de precarizar a empresa e principalmente “nossa principal missão que é de entregar correspondência” é premeditada para justificar futuramente a privatização.
Em Votuporanga, acrescentou o órgão, por falta de efetivo, visto que pelo menos cerca de sete carteiros se aposentaram, outros foram transferidos e não houve reposição de nenhuma destas vagas, os Correios adotaram um sistema denominado DDA (Distribuição Domiciliária Alternada). “O nome já diz tudo, certo? Estão entregando onde está mais acumulado. Não se entrega mais todos os dias em todos endereços. Nossos carteiros estão fazendo serviços de dois ou mais”, comentou.
Ao A Cidade, os Correios garantiram que as entregas retomaram a normalidade na cidade neste mês de fevereiro. “Os atrasos (até janeiro) estavam ocorrendo devido à sobrecarga de objetos postais acima do dimensionado no centralizador dos Correios, onde os objetos postais são tratados antes de serem encaminhados para as unidades de distribuição das cidades”, explicou.