(Foto: A Cidade)
Apesar do anúncio da greve dos Correios, o A Cidade foi
informado pelo Sindicato dos Correios de São José do Rio Preto e região que
Votuporanga não aderiu à greve e nem tem previsões para início dela.
Funcionários dos Correios aderiram à greve por tempo
indeterminado em 22 estados e no Distrito Federal. A paralisação, que começou
na noite de domingo (11), é parcial - parte das agências está aberta - e atinge
tanto os setores de atendimento como de distribuição.
Balanço da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que engloba 31 sindicatos,
mostra que a paralisação atinge os estados do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, São Paulo (regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São
José dos Campos, Santos e Vale do Paraíba), além do Distrito Federal. Amazonas
e Amapá estão em estado de greve, segundo a Fentect. Isso quer dizer que a
qualquer momento os sindicatos podem decidir pela paralisação.
Reivindicações
Entre as razões para a greve estão plano de carreira e
retirada de benefícios. Veja abaixo:
- alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários
- cobrança de mensalidades e retirada de dependentes do plano
de saúde
- suspensão de férias a partir de abril para carteiros,
atendentes e operadores de cargas
- redução da carga horária e do salário de funcionários da
área administrativa
- extinção do cargo de operador de triagem e transbordo
(responsável pelo processo de tratamento e encaminhamento de cartas e
encomendas)
- fechamento de mais de 2.500 agências próprias por todo o
Brasil
- não realização de concurso público desde 2011 e planos de
demissão voluntária, que reduziram o número de funcionários
Segundo os Correios, a questão do plano de saúde foi
discutida “exaustivamente” com as representações dos trabalhadores, tanto no
âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e
que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio segue para
julgamento pelo TST.
A empresa aguarda uma decisão conclusiva para tomar as
medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do
plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade
financeira para arcar com os custos.
(Colaboração: G1)