Gabriele Reginaldo
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A Rede Panapanã realiza nesta quinta-feira (8), a partir das 16h, a “Marcha 8 de março”, uma caminhada da Concha Acústica até a praça São Bento. De acordo com Angelita Toledo, uma das organizadoras do evento e integrante do coletivo de mulheres, a manifestação é mundial e contará com cartazes para reivindicar os direitos e combater os preconceitos.

“Quero convidar todas as mulheres para esse ato internacional. Já que todas as mulheres vão parar no mundo todo, nós também vamos parar e estaremos na Concha Acústica em caminhada à praça São Bento. Vamos ficar concentradas lá, porque vai estar acontecendo a feira. Mulheres, participem”, convidou a integrante do grupo.

Ela contou que o Dia Internacional da Mulher surgiu por conta de uma reivindicação das mulheres pelos seus direitos em uma fábrica. “Mulheres tecelãs começaram a reivindicar por melhores condições de trabalho, porque naquela época elas tinham que trabalhar cargas exaustivas. Elas decidiram parar seus trabalhos, mas os patrões fecharam a fábrica e atearam fogo. Então, esse dia se tornou um marco histórico de luta das mulheres”, explicou.

Para Angelita Toledo, a data se tornou mais uma celebração para o comércio. “Nós recebemos bombons e flores, mas a gente deveria comemorar de outra forma, lembrando dessas mulheres que lutaram por nós. É um dia muito importante, porque temos os nossos direitos”, afirmou ao A Cidade.

Rede Panapanã
A Rede Panapanã é um coletivo feminino que surgiu em março de 2016. A proposta é acolher e promover o encontro entre mulheres para trocar vivências. “Surgimos da necessidade de ter um espaço onde pudesse falar coisas que são comuns entre nós. Inclusive, enquanto movimento social, a gente se organizou para lutar pelos nossos direitos, os direitos das mulheres, e tentar acabar com qualquer tipo de violência de gênero e o feminicídio”, afirmou a integrante do coletivo.

Ela informou que os encontros são realizados quinzenalmente aos sábados, por volta das 16h, em locais públicos, como Parque da Cultura e praças, além de reuniões em casas. “Quem quiser acompanhar, basta curtir a página no Facebook, fabebook.com/redepanapana. Temos feito algumas ações no município, como manifestações e atos. Fazemos palestras e rodas de conversas também até na região da cidade”, contou Angelita Toledo ao A Cidade.