Votuporanga
Por mais um ano consecutivo, os serviços de telefonia lideraram o ranking de reclamações em Votuporanga.
De acordo com a unidade local do Procon, vinculada à Secretaria da Cidade da Prefeitura, em 2017, as empresas com o maior número de reclamações fundamentadas foram: Vivo, com 103 queixas, sendo 84 atendidas (81,55%) e 19 não atendidas (18,45%); Claro, com 58 registros, incluindo 54 atendidos (93,1%) e quatro não atendidos (6,9%); e TIM, com 26 demandas, sendo 18 atendidas (69,23%) e 8 (30,77%) não atendidas.
Destaques
Em 2017, o Grupo Pão de Açúcar – que engloba as marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra – passou a liderar o ranking estadual de reclamações, com um total de 4.722 registros realizados no território paulista. Entre as queixas contra a empresa, consta um número expressivo de reclamações simples, apontando para o fato de a companhia não ter cumprido sequer com requisitos básicos, como a entrega correta dos produtos vendidos aos consumidores.
Em segundo lugar, com 4.081 registros, figura o Grupo Vivo/Telefônica, que volta ao posto de empresa mais reclamada do segmento de telecomunicações. Além de aumentar suas demandas, a companhia piorou seu índice de solução de 67%, em 2016, para 56%, em 2017. No interior do estado, o grupo ficou em primeiro lugar, com um total de 2.140 demandas, e respondendo, portanto, por mais da metade das reclamações registradas.
Na terceira colocação, o Grupo Claro/NET/Embratel (América Móvil) piorou seu índice de solução para 70%, contra os 74% registrados em 2016.
Baixas soluções
O Banco do Brasil despontou no Cadastro Estadual do Procon-SP, com índice de solução de 34% em 2017, revelando uma nítida piora com relação a 2016.
Além da redução do índice de resolutividade e o aumento do número de reclamações, a empresa alterou sua sistemática de atendimento, com indicação de canais telefônicos e digitais para alguns consumidores, sem que estes tivessem concordado com tal alteração.
Houve ainda uma redução brusca do número de agências e funcionários do banco, em especial no interior de São Paulo, resultando numa queda da qualidade do atendimento e num expressivo aumento no número de reclamações encaminhadas às unidades do Procon.
Ensino à distância
Um dos grupos que mais causou impacto no ranking organizado pelo Procon-SP foi o Anhanguera/Unopar (Kroton Educacional). Enquanto na capital do Estado a empresa ocupou a 32ª posição, com 102 reclamações, no interior, chegou ao 21º lugar, com 315 demandas registradas.
O cenário é considerado preocupante, já que as reclamações se referem a descumprimento da oferta, caracterizando flagrantes falhas de informação, tanto na fase pré-contratual quanto nos pedidos de cancelamentos realizados pelos consumidores.
Na modalidade “ensino a distância” (EAD), foram computados relatos de problemas no sistema, com muitas dificuldades de solução, além de ofertas de cursos não reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).