Rosa Chiquetto, presidente do Diretório Municipal do PT, conversou com o jornal A cidade sobre a questão (Foto: A Cidade)
Daniel Castro
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O Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus (HC) no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva queria impedir uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. O jornal A Cidade conversou com o PT de Votuporanga sobre a questão.
Ao A Cidade, a presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Votuporanga, Rosa Maria Chiquetto, contou que a sua opinião é a mesma do PT nacional. Segundo ela, ao negar a Lula um direito que é de todo cidadão, o de defender-se em liberdade até a última instância, “a maioria do STF ajoelhou-se ante a pressão escandalosamente orquestrada pela Rede Globo”.
A líder da sigla partidária falou ainda que os contrários ao PT dizem que são contra a corrupção, mas ficaram “calados diante das malas do Temer e das fartas provas contra Aécio”. “Infelizmente, para os mais vulneráveis é uma luta de classes e o poder econômico está vencendo”, comentou.
Rosa entende também que o julgamento do Lula “foi uma farsa”. “Até agora nem MPF e nem os juízes mostraram a prova objetiva. E ontem (quarta-feira) o STF rasgou a Constituição”, destacou.
Com a rejeição do habeas corpus preventivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esgota as possibilidades de recorrer contra sua eventual prisão. Apesar de a Corte ter negado o pedido, Lula não deve ser preso imediatamente.
É preciso que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pela condenação na primeira instância, emita um mandado de prisão.
Há ainda trâmites processuais pendentes no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Justiça Federal com sede em Porto Alegre, o que pode retardar a ordem de prisão.