Os manifestantes continuam parados em frente ao Autoposto Parceirão,na Euclides da Cunha; agora, nenhum caminhão pode passar
Agora, segundo os trabalhadores, nenhum caminhão vai poder passar pela rodovia (Foto: A Cidade)
Da Redação
A greve dos caminhoneiros contra o preço do diesel, pedágios e fretes chegou no seu quinto dia nesta sexta-feira (25). Em Votuporanga, a concentração dos manifestantes continua acontecendo na rodovia Euclides da Cunha, em frente ao Autoposto Parceirão. Agora, segundo os trabalhadores, nenhum caminhão vai poder passar pela via, todos vão ter que entrar dentro do posto. Antes, eles não estavam obrigando a parada dos caminhões. Até a tarde desta sexta-feira (25), os caminhões estavam sendo proibidos de passar pela rodovia.
De acordo com um porta voz do grupo de caminhoneiros, Faris Bertolino, cerca de 300 caminhões estão estacionados no pátio do posto. “Temos manifestantes da cidade, região e também de outros estados parados aqui. Algumas pessoas deixam o veículo aqui e vai para casa, o que também é valido. A nossa intenção é parar o serviço para mostrar o nosso descontentamento”, disse.
Outro representante da classe, Flávio, que é caminhoneiro há 15 anos, contou que o protesto em Votuporanga é pacífico. “Não estamos usando força e nem violência para parar, só que o ideal é todos ficarem em casa, porque se não forem parados aqui, vão ser parados lá na frente. Quem quiser nos apoiar é só vir para cá, trazer cartaz, bandeira e quem puder alguma doação para aqueles trabalhadores que não podem voltar para casa”, completou.
Faris revelou ainda que nenhum acordo foi fechado com o governo. “Não tivemos acordo, quem falou que tem acordo está mentindo. A manifestação vai continuar e vai ganhar mais força a cada dia”, afirmou.
O governo buscou um acordo na quinta-feira (24), porém, de acordo com os caminhoneiros, o acordo foi feito com alguns sindicatos, sendo que dois, não assinaram o documento, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) e a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros).
Os sindicatos citados e caminhoneiros não sindicalizados, querem a isenção total do PIS/Cons e do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) no diesel, de forma definitiva.
Combustíveis
Em Votuporanga, a falta de combustível é uma realidade na maioria dos postos. Em outros, ainda é possível abastecer o seu veículo com tranquilidade. De acordo com o gerente do Autoposto Parceirão, Givanildo Donizete da Silva, todos os postos estão na mesma situação. “No nosso caso, que é um posto bandeirado, dependemos da base em Rio Preto e lá está tudo bloqueado desde terça-feira, por isso está faltando combustível nos postos da cidade”, explicou.
O gerente ressaltou ainda que apenas na semana que vem terá uma previsão de quando os caminhões irão trazer mais combustíveis. “Por hoje (ontem) ser sexta-feira, acredito que agora só segunda ou terça-feira para termos alguma resposta”, finalizou.