Os casos foram registrados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas)
Entre janeiro de 2017 e agosto de 2018, o Creas registrou 14 casos de exploração sexual e 45 de trabalho infantil (Divulgação/Prefeitura Municipal de Altair-SP)
Gabriele Reginaldo
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Segundo dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), unidade vinculada à Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Votuporanga, atualmente o órgão possui sete adolescentes em acompanhamento em decorrência de exploração sexual, além de seis crianças e 20 adolescentes em situação de trabalho infantil.
Ainda de acordo com dados do Creas, entre janeiro de 2017 e agosto de 2018, o Creas registrou 14 casos de exploração sexual e 45 de trabalho infantil.
Segundo a coordenadora do Creas, Daniela Ribeiro, os casos são identificados por meio de encaminhamentos de outros serviços que compõem a rede de atendimento, como delegacias, Conselho Tutelar, Saúde, Educação, Poder Judiciário, bem como denúncias através da Ouvidoria Municipal, Disque Direitos Humanos ou demanda espontânea, quando a pessoa realiza a denúncia junto ao Creas.
O atendimento ofertado pela unidade da Prefeitura é realizado por intermédio de atendimentos particularizados, familiares e/ou grupais, visitas domiciliares, contato com a rede e encaminhamentos para a rede socioassistencial.
Ainda para identificar os casos, o Creas conta com o serviço de Abordagem Social, que foi implantado por meio do projeto “Encontrando Esperança”, financiado pelo Condeca. “A iniciativa tem contribuído no mapeamento e identificação das situações de trabalho infantil e exploração sexual no município, daí a importância de localizar no espaço público a incidência das violações de direitos. Para realização do serviço da Abordagem Social, há uma equipe específica composta por três educadores sociais, que realizam a busca ativa nos territórios”, explicou a coordenadora do Creas, Daniela Ribeiro.
Por meio do programa foram realizadas 17 abordagens sociais relacionadas ao trabalho infantil em diversos locais, onde os casos estão sendo acompanhados e investigados. “É importante mencionar que é preciso cautela para a constatação e verificação de cada caso, visto a necessidade do trabalho em conjunto com o Poder Judiciário, baseando-se em princípios legais, e que cada órgão público tem a sua competência para atuar”, afirmou a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social.
Denúncias podem ser registradas junto à Ouvidoria Municipal, através do 0800-770-3590, ou ao Disque Denúncia 100.