Falta da passarela e asfalto para a passagem dos munícipes no local, assim como a iluminação são algumas das reclamações
Moradores alegam que a passagem foi impedida e situação está perigosa para a travessia (Foto: Arquivo Pessoal)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
Há alguns anos, a travessia e a situação do Pátio da Fepasa é assunto e motivo de reclamações dos moradores daquela região. Ao jornal A Cidade, alguns munícipes informaram que a condição segue a mesma e que está trazendo grandes transtornos na passagem e, até mesmo, nos bens da população.
Uma das principais reclamações por parte dos moradores é a travessia, já que há cerca de três anos a passagem foi bloqueada por um muro construído pela Rumo, empresa que administra a linha férrea no local, fazendo com que a população desvie e percorra um trecho maior para chegar até o outro lado.
“A Rumo fechou a passagem com um muro que vai de uma ponta a outra das casas. O que antes levaria de dois a três minutos andando a pé para atravessar, hoje leva mais que dez minutos para chegar no asfalto da avenida”, afirmou Marcelo Rosa, que é morador da Fepasa há mais de 20 anos.
Marcelo ainda falou que por conta do muro, os moradores perderam a passagem central e para atravessar até o outro lado, tiveram que cortar um pedaço do alambrado para pular o muro, passar pelo local a pé e chegar no outro lado da avenida. Já em relação aos veículos, a travessia foi deslocada para outra passagem, que, segundo o morador, fica muito longe e não possui massa asfáltica.
“Hoje passamos de carro e moto por uma rua, mas para passar a pé é muito difícil. É muito longe, essa passagem é cheia de pedras enormes e à noite se torna perigoso porque não tem asfalto e iluminação. Muita gente não sai à noite de casa porque tem medo de ser assaltado”, relatou.
O morador também reforçou que algumas pessoas já tiveram seus veículos presos e danificados por conta das pedras e os trilhos do trem. Simultaneamente, ele reivindicou a construção da passarela no local, já que a população arrisca a vida realizando a travessia por cime e por baixo dos trilhos e pedras.
Outra contestação de Marcelo foi em relação ao descarte irregular de resíduos na passagem da Fepasa por parte da Rumo. Conforme o munícipe, a Prefeitura de Votuporanga já notificou a empresa, no entanto os entulhos continuam sendo jogados no local.
A reportagem do A Cidade entrou em contato com a Rumo a respeito da construção do muro no local e foi informado que “a concessionária esclarece que, atendendo determinação do órgão regulador, realizou a vedação da faixa de domínio, onde existia uma passagem irregular. A empresa construiu uma passagem para pedestre próximo ao local, garantindo maior segurança à população”.
Em relação ao lixo, a Rumo disse que a operação ferroviária não gera lixo doméstico, sendo assim “é necessário que a população se conscientize e descarte estes materiais em locais adequados”.
O A Cidade também contatou a Prefeitura Municipal saber sobre as ações que devem ser desenvolvidas em relação a travessia, iluminação e massa asfáltica no local, contudo, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.