Empresas mencionadas pelo parlamentar não oferecem os tubos para esgoto; compra foi realizada em empresa que ofereceu o menor valor
Substituição dos tubos foi feita de forma emergencial pela Saev Ambiental para cessar o vazamento de esgoto (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
ASaev Ambiental divulgou na terça-feira (22) uma nota esclarecendo a informação compartilhada “de forma equivocada” pelo vereador Cabo Renato Abdala (Patriota) durante a Sessão da Câmara Municipal de segunda-feira (21). O parlamentar, ao utilizar a tribuna, acusou a autarquia de pagar mais caro por tubos de concreto utilizados em obras de reparo de emissário de esgoto da zona Norte da cidade.
De acordo com o documento, por falta de conhecimento e pesquisa sobre o assunto, o vereador errou ao comparar tubos de concreto de esgoto comprados pela Saev Ambiental, com tubos de concreto de drenagem.
“Os tubos de concreto são divididos com as siglas P (para redes de águas pluviais) e E (para redes de esgotos). A tubulação de concreto para esgoto sanitário possui uma resistência maior às questões químicas e físicas, garantindo maior estanqueidade e segurança no encontro das tubulações”, explicou Gabriel Alves Dias Ferreira, responsável pelo Departamento de Engenharia da Saev Ambiental.
A compra realizada de forma emergencial para bloquear de forma rápida o esgoto que estava sendo despejado no Córrego do Marinheirinho, foi promovida por meio de cotação para contratar a empreiteira que realizasse as obras com o menor custo aos cofres públicos. A empresa vencedora do certame e responsável pelas obras foi a 3 JB Representação Comercial. O valor pago pela Saev pelo metro da tubulação de esgoto foi de R$ 384.
“Como é de praxe, a empresa que oferta o valor mais baixo vence o certame e realiza a obra. Temos muito cuidado com os recursos públicos, por isso seguimos tudo o que é previsto em lei, com informações disponíveis no Portal da Transparência”, explica o Superintende da Autarquia, Antônio Alberto Casali.
Em segundo lugar ficou a empreiteira Copel, com o valor de R$ 470. E a terceira empresa, foi a Guarani, que avaliou o valor do metro da tubulação em R$ 574.
“É revoltante quando um vereador, com a responsabilidade de fiscalizar os trabalhos do Executivo e da Autarquia, de forma imparcial e agindo sempre com a verdade, provoca a desconfiança, por meio da desinformação. Estamos sempre de portas abertas para qualquer esclarecimento. Esse é o nosso dever”, concluiu Casali.
Gabriel destaca ainda que foram consultadas as empresas Papini e Noromix, que fornecem tubos de concreto para drenagem de água de chuva. Ambas foram citadas pelo vereador. “É importante frisar que essas empresas não fabricam tubos para esgoto sanitário, objeto específico necessário para a obra de bloqueio do esgoto. Desta maneira, não participaram do processo de tomada de preços”, completou.