Yago Rodrigues foi atropelado por um caminhão em outubro do ano passado; familiares e amigos fazem vaquinha para comprar prótese
Yago, que sempre foi uma criança alegre e sorridente, agora carrega um semblante triste, para o desespero de sua mãe (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
De uma criança alegre e brincalhona, com um sorriso sempre estampado no rosto, para um semblante triste e um olhar vazio. Um acidente no dia 30 de outubro de 2020 destruiu os sonhos do pequeno Yago Fernando dos Santos Rodrigues, de apenas nove anos de idade, que mora junto com sua mãe, Maria Madalena, e seus cinco irmãos no Pozzobon, zona Norte de Votuporanga.
Yago praticava capoeira, jogava futebol e amava andar de bicicleta. Foi pedalando, aliás, que tudo aconteceu. No cruzamento da avenida Jerônimo Figueira da Costa com a rua Rio Taquari, ele não conseguiu frear a bicicleta e foi parar debaixo de um caminhão basculante carregado com terra. Depois disso ele só se lembra de acordar na UTI do Hospital da Criança, em Rio Preto.
“Ele sempre foi muito brincalhão, corria para todo lado e ao mesmo tempo me ajudava muito aqui em casa, pois eu tenho duas crianças especiais. Foi um choque muito grande, acho que só quem é mãe sabe que a gente também sente a dor dos nossos filhos. Mesmo assim agradeço muito a Deus por ter livrado ele”, contou Maria Madalena.
Apesar do alívio de ver o filho vivo, a luta de Maria apenas começou quando ele deixou o hospital. Para poder cuidar de Yago e o acompanhar na reabilitação no Lucy Montoro, em Rio Preto, ela teve que deixar seus bicos de faxineira e agora sustenta a casa apenas com o Loas (benefício assistencial) que recebe dos outros dois filhos especiais.
“A gente tentou o benefício pelo Yago, mas o INSS negou, então está tudo muito difícil, pois o que a gente recebe dos meus filhos vai quase tudo em remédios, fraldas, etc. Graças a Deus estamos tendo ajuda com relação a alimentos e o próprio rapaz que atropelou ele tem ajudado bastante, mas tem sido uma batalha por dia”, completou.
Prótese
Apesar de todas as dificuldades financeiras que a família tem enfrentado, o que mais angustia Maria Madalena é ver Yago triste pelos cantos. Muito ativo, o garoto que tinha o sonho de ser professor de capoeira se vê agora preso a uma muleta e sente vergonha de sair de casa, inclusive para ir as aulas de reforço na escola.
“Ele nunca tinha me dado trabalho na escola, mas ultimamente anda desanimado, não quer mais estudar a professora pediu para ele ir à escola para fazer o reforço e ele está com vergonha, está muito complicado. Ele está fazendo acompanhamento psicológico, e tem que ter muita paciência, pois sei que o que ele está passando não é fácil”, afirmou a mãe.
O sofrimento de seu filho, na visão de Maria, só será amenizado quando ele puder voltar a andar, mas o processo de reabilitação e disponibilização de uma prótese pelo Estado é lento, principalmente porque o garoto está em fase de crescimento.
Procurado pelo
A Cidade, Centro de Reabilitação Lucy Montoro, de Rio Preto, onde Yago faz acompanhamento, informou que o tempo de tratamento depende da modelagem do membro restante, da adesão do paciente e da família ao tratamento, além da disposição em seguir todas as orientações das equipes. “O paciente receberá uma prótese do Lucy Montoro e terá retornos periódicos após colocação da mesma”, diz a nota.
Campanha
Enquanto isso familiares e amigos lançaram uma campanha para arrecadar fundos com o objetivo de adquirir uma prótese temporária para o garoto. Para colaborar, qualquer tipo de doação pode ser entregue na casa da família (rua João Reganin, 2460, no Pozzobon), inclusive “prendas” e produtos que possam ser rifados.
É possível ajudar também por meio da
"vaquinha" on-line criada pela família ou por meio da conta bancária no Bradesco, Agência:0025-6 / Conta Corrente: 0560834-1, em nome de Maria Madalena Santos. Telefone para informações é o: (17) 98814-9328.