O dia simboliza a luta das mulheres por igualdade; reportagem conversou com Adriana Passoni, diretora do Colégio Unifev, sobre o marco
A diretora do Colégio Unifev, Adriana Passoni, conversou com o jornal A Cidade sobre projeção da data comemorativa na sociedade (Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil e arquivo pessoal)
Pedro Spadoni
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O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (08), é uma data comemorativa que foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, ela remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
Para saber mais sobre a projeção da data comemorativa na sociedade, o jornal
A Cidade conversou com Adriana Naime Pontes Passoni, diretora do Colégio Unifev. Ela é graduada em letras e pedagogia, especialista em estudos avançados da língua inglesa e mestre em linguística aplicada.
“[O Dia Internacional da Mulher] é importante devido ao espaço pelo qual nós temos que lutar constantemente. Não são conquistas feitas que estão garantidas. Então, esse destaque dado por esse dia é importante para a gente sempre se lembrar da luta que é ser mulher”, explicou a diretora.
Luta
O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, comitês etc. Essa mobilização política, ao longo do século 20, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. É o que escreveram os professores de história Daniel Neves e Cláuldio Fernandes, para o site Brasil Escola. E a diretora Adriana ecoa esse entendimento.
“Para ocupar o espaço que ocupa atualmente, a mulher teve que lutar bastante. Por exemplo: nós não votávamos, não tínhamos direito de frequentar a faculdade, éramos obrigadas a ter filhos etc. Então, esse dia marca todas essas conquistas e ele serve para relembrarmos que nunca devemos deixar de lutar para ser quem somos”, disse Adriana.
Em relação à situação das mulheres na sociedade hoje em dia, a diretora do Colégio Unifev contou que, no seu entendimento, isso está estacionado. “Atualmente, não vejo piora nem melhora. A gente tem que estar em constante luta, marcando nosso espaço. Acho que não pode ser esquecido tudo que foi conquistado, porque tem pessoas que defendem o contrário. Devemos sempre demarcar nosso espaço e relembrar nossos direitos”, explicou.
Para os professores de história Daniel e Cláuldio, é importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher foi construído em cima de décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento da sua causa. E a diretora do Colégio Unifev ressaltou a importância de aproveitar este dia para se manter essas conquistas em mente.
“É importante a gente sempre lembrar que [hoje em dia] a mulher pode exercer a função que ela quiser. Hoje, nós temos essa oportunidade, desde que sejamos inseridas em espaços em que a nossa voz seja reconhecida. Por isso, digo que não é tanto uma escolha, porque existem ambientes que não nos permite ter voz nem escolhas”, alertou Adriana.
Apesar dos obstáculos que ainda existem, a diretora acredita que as mulheres devem ser encorajadas para enfrentá-los e celebrar as conquistas dessa “classe”.
“No que depender da mulher hoje em dia, ela exerce a função que ela quiser, tem o direito de ser mãe ou não, de trabalhar ou não trabalhar etc. Então, acho que todas essas conquistas devem ser celebradas. E nunca devemos esquecer que essa data é importante por ser um marco para mantermos essa bandeira da defesa dos nossos direitos e nunca abaixarmos a guarda, porque, se houver a oportunidade, tem pessoas que ainda fazem diferença entre homens e mulheres”, finalizou.