Mesmo com um arrastão em andamento na cidade, o número de casos da doença segue em crescimento e preocupa autoridades sanitárias
Para tentar conter o avanço da dengue no município, a Prefeitura promove um arrastão para eliminar criadouros do mosquito Aedes Aegypti (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Da redação
Quando a pandemia da Covid-19 começa a apresentar um sinal de enfraquecimento, a dengue segue no sentido oposto e continua preocupando as autoridades sanitárias de Votuporanga. Em apenas uma semana, a cidade registrou mais de 400 casos da doença (486 para ser mais exato), e chegou ao total de 1.622 registros confirmados em 2022, um salto de 42% em relação ao último levantamento. Outros 1.069 estão com suspeita de dengue e aguardam os resultados dos exames.
A escalada acontece no momento em que a região confirma a primeira morte por dengue deste ano. O registro foi em Jales, onde a vítima, um idoso de 68 anos residia. Segundo a Prefeitura de lá, ele era diabético e possuía também outras comorbidades, além de ter contraído dengue dias após testar positivo também para Covid-19.
Para tentar conter o avanço da doença em Votuporanga, a Prefeitura realiza desde o dia 7 um arrastão de limpeza para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação começou pela zona Norte do município, onde se concentra o maior número de casos, e avança nos próximos dias por outros bairros, que ainda estão em estudo.
A ação é promovida pela Secretaria da Saúde em parceria com as Secretarias de Obras e da Cidade e também com a Saev Ambiental. São recolhidos materiais que servem como locais para criadouros do mosquito como garrafas, isopor, metais em geral, papel/papelão, plásticos, pneus e recipientes descartáveis em geral. O que não pode ser descartado são entulhos (restos de materiais de construção), folhas, galhos, lixo comum, lixo orgânico (restos de comida) e podas de árvores.