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Cidade
Consultórios municipais de Votuporanga, hospitais e farmácias sofrem com a falta de medicamentos
Crise no abastecimento é nacional e atinge o setor público e privado; falta está associada a guerra na Ucrânia e lockdown na China
A falta de medicamentos segue afetando a rede pública, mas também já chega ao setor privado e deixa prateleiras vazias em farmácias (Foto: A Cidade)
Da redação
A rede pública municipal de Votuporanga, hospitais e farmácias privadas de todo o Brasil enfrentam, atualmente, uma das piores crises de abastecimento de medicamentos dos últimos anos. O problema é tão grave que já há registros de falta até de medicamentos básicos como antibióticos e dipirona.
A situação, que já vinha sendo alertada no município há algum tempo, ganhou destaque na mídia nacional nos últimos dias. Entre os motivos, do desabastecimento, dizem secretarias de Saúde e entidades do setor, estão problemas no fornecimento pelo Ministério da Saúde e dificuldades de importação de insumos, por causa da guerra na Ucrânia, do lockdown na China e movimentos de protesto de funcionários em portos e aeroportos.
“Nós conseguimos fazer as licitações, mas os fornecedores não têm para entregar. Temos entrado com recursos, mas não adianta, pois eles comprovam que há uma falta. O mercado externo comprometeu a matéria prima de muitos produtos ”, disse Ivonete Félix, secretária Municipal da Saúde.
Ainda segundo a secretária, o pior de tudo é que não há uma perspectiva de normalização a curto prazo. “Estamos tendo problemas com Dipirona, principalmente injetável, mas isso vem desde o final do ano passado, quando tivemos o surto de Covid e gripe, onde o consumo foi muito maior do que as indústrias projetavam e tinham capacidade de produzir. Então conseguimos comprar um pouco e priorizamos os pronto-atendimentos e estamos conseguindo manter um pouco do injetável, um pouco do comprimido e em gotas, mas também já está terminando e as empresas não sabem se irão conseguir atender a gente e quando conseguem não vem a quantidade que precisamos”, completou.
A Santa Casa de Votuporanga tem enfrentado as mesmas dificuldades. Segundo o hospital, os médicos têm procurado substituir as medicações que estão em falta.
“A Santa Casa de Votuporanga informa que há falta de alguns medicamentos, entretanto conta com uma equipe médica multidisciplinar que avalia diariamente cada caso e faz a substituição destes medicamentos por outros equivalentes, para não causar qualquer prejuízo no tratamento dos pacientes”, afirma a Santa Casa, em nota.
Na rede privada não é diferente. Algumas farmácias estão enfrentando dificuldades para compra de medicamentos já há algum tempo. Muitas delas, porém, ainda conseguem manter as vendas graças a um estoque reforçado. É o caso da Farmácia do Trabalhador, que tem duas unidades em Votuporanga.
“Já com medo desse tipo de problema, desde o início da pandemia reforcei meu estoque aqui, então ainda tenho medicamentos para uns seis meses, até agora não está faltando nada aqui para mim. Os fornecedores, no entanto, já alertaram para a falta de muitos remédios como Dipirona, Metformina, Sinvastatina, Ibuprufeno e alguns outros. Agora, além da dificuldade da chegada de matéria-prima, quando ela chega as indústrias fazem os medicamentos, mas eles ainda ficam em quarentena, para só depois serem distribuídos”, explicou o empresário Antonio Ernesto da Silva.
Demanda é maior do que capacidade dos fabricantes Mas o problema não se restringe a Votuporanga. Nesta semana, o SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) alertou para estoques críticos na rede privada.
"O problema de abastecimento tem múltiplas causas, sendo a principal o conflito Rússia x Ucrânia, que dificultou importações e causou aumento dos preços dos insumos. Soma-se, ainda, a dificuldade de liberação dos produtos nos portos e aeroportos", afirma o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, em referência aos protestos de funcionários da Receita nas últimas semanas.
Já o Assessor jurídico do Sincofarma-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo), Rafael Espinhel diz que alguns medicamentos, como amoxicilina e paracetamol, estão com falta de matéria-prima porque a demanda global está maior que a capacidade dos fabricantes da China e da Índia. "Tem também o lockdown nos dois maiores portos da China, que têm dificultado o embarque e desembarque dos insumos", observou. Segundo ele, há, de fato, falta de medicamentos em drogarias, em São Paulo, "mas ainda não representa percentual alto, visto que os estabelecimentos tinham bom volume de estoque".
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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