Cidade
Março: um mês para Votuporanga (quase) comemorar em relação à pandemia
Em 2021, o mês foi marcado pelo maior número de mortes por Covid; já em 2022, o cenário é o oposto, revela levantamento do A Cidade
publicado em 07/04/2022
Neste ano, março foi um mês em que os índices relacionados à pandemia na cidade atingiram seus valores mínimos (Imagem: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Faltavam 13 dias para o mês terminar, mas março já tinha entrado para a história de Votuporanga como o mês com mais mortes causadas pela Covid desde o início da pandemia. Isso aconteceu no ano passado, quando o jornal A Cidade classificou março como “um mês para Votuporanga esquecer”. Já em março deste ano, o cenário da pandemia no município estava radicalmente diferente. Os otimistas mais cautelosos poderiam dizer, inclusive, que foi um mês para (quase) comemorar.
Isso porque, em comparação a janeiro e fevereiro deste ano, março foi um mês em que os índices relacionados à pandemia atingiram seus valores mínimos (confira os dados no gráfico desta reportagem). É o que revela um levantamento exclusivo do jornal A Cidade, feito junto aos dados dos Boletins Epidemiológicos, divulgados diariamente pela Prefeitura de Votuporanga.
Retrospecto
O primeiro mês de 2022 deu um susto nos votuporanguenses. A chegada da variante ômicron do coronavírus ao município, na época das festas de fim de ano, causou uma disparada nos números de casos novos e ativos da doença registrados na cidade em janeiro. Só no primeiro mês deste ano, 6.040 casos novos de Covid e 14 mortes pela doença constaram nos boletins. Além disso, janeiro “fechou” com 406 casos novos, 1.131 casos ativos e três mortes.
O cenário era preocupante, mas, graças ao avanço da campanha de vacinação contra a Covid e as medidas de precaução (uso de máscaras, higienização das mãos, respeito ao distanciamento social etc), o arrefecimento de alguns indicadores já começou em fevereiro. O levantamento da reportagem revelou, por exemplo, que 2.526 casos da doença foram diagnosticados em fevereiro e que o mês “fechou” com 315 casos ativos - números 60% e 72% menores, respectivamente, que os registrados em janeiro. Já em relação às mortes pela doença, fevereiro não ficou tão atrás, já que 13 moradores tiveram suas vidas ceifadas pela doença. No último dia deste mês, 84 casos novos e uma morte constaram.
Já em março começou, de fato, o arrefecimento em todos os indicadores da pandemia que constam nos informes diários da Prefeitura. Em relação aos casos novos e mortes registradas no mês, os totais ficaram bem atrás dos meses anteriores: 930 e cinco, respectivamente. Além disso, no Boletim Epidemiológico do último dia do mês, constaram apenas 32 casos novos e 36 casos ativos da doença – um cenário bem diferente do “pintado” pelos informes diários divulgados em março do ano passado.
Em 2021
O jornal publicou, em meados de março, que 188 pessoas tinham morrido de Covid em Votuporanga antes de o mês acabar – aliás, o município registrou, em média, dois óbitos pela doença por dia naquele mês. Até então, o mês mais trágico tinha sido julho de 2020, considerado o pico da pandemia naquele ano, quando 30 votuporanguenses morreram em 30 dias.
O que mais preocupava as autoridades de saúde, na época, era a grande quantidade de pessoas que estavam internadas por conta da doença. Não bastasse a quantidade elevada de internações – que tinha atingido seu pico desde o início da pandemia - os pacientes estavam evoluindo para quadros mais graves e necessitando de suporte avançado.
A alta demanda gerou até fila por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em leitos de suporte ou na enfermagem. Diante dessa superlotação e da grande demanda por internações, quase 20 pessoas morreram no município, naquele mês, à espera de uma vaga de UTI.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2022/04/marco-um-mes-para-votuporanga-quase-comemorar-em-relacao-a-pandemia-n72558