Em entrevista, Elza Mara Pignatari Pinzan, contou sobre a história de crescimento da empresa, que está diretamente ligada a Votuporanga
Elza Mara Pignatari Pinzan recebeu a equipe do A Cidade na A Joia para contar um pouco dos 70 anos de história da empresa (Foto: A Cidade)
Da redação
O mês de junho é de comemorações para uma das mais tradicionais empresas de Votuporanga: a A Joia. São 70 anos de uma história que está diretamente ligada com o crescimento e desenvolvimento da cidade e foi justamente para falar sobre essa história que o A Cidade procurou a diretora da marca, Elza Mara Pignatari Pinzan.
Em entrevista exclusiva, Elza Mara contou sobre o início da trajetória de uma empresa familiar, que começou com uma “portinha” na rua Amazonas, quando a via ainda era de terra, e hoje se tornou uma referência regional no setor, com três grandes lojas no município. A receita para se manter firme e em crescimento ao longo dessas sete décadas ela conta que foi deixada pelo fundador, o visionário Domingos Pignatari, que enxergou o potencial de Votuporanga ainda em 1952.
Confira a entrevista:
Como foi o começo desses 70 anos de A Joia em Votuporanga?
A Joia foi fundada em 1952 pelo meu pai (Domingos Pignatari), a princípio só por ele e posteriormente trabalhou com ele o meu tio Miguel. Tudo começou com uma portinha, onde hoje é o Bradesco, só com relógios e joias, aí mais para frente, já na década de 60, ele comprou onde fica hoje a nossa Loja 1, na rua Amazonas, e implementou também a parte de ótica, depois de meu pai fazer um curso de ótico. Dali os serviços foram expandindo para atender as necessidades da população, ao passo em que a cidade ia crescendo e era sempre preciso trazer novidades, que é o que a A Joia sempre, até hoje, busca, que é trazer coisas diferentes, produtos novos e com qualidade. Foi assim que tudo foi crescendo e agregando produtos, além dos relógios e joias a parte de ótica e depois de presentes, aumentando assim o nosso ramo de atuação.
Então é possível dizer que a A Joia tem uma história de evolução ligada ao crescimento de Votuporanga?
Quando nasceu a A Joia tem 70 anos a rua Amazonas ainda era de terra, ou seja, a loja passou por todos os momentos, desde as tubulações de água e esgoto, depois o asfalto e agora o centro como é hoje. A A Joia cresceu junto com Votuporanga e o nosso progresso também está associado à evolução da cidade. Essa evolução, aliás, é algo que nos acompanha diariamente, pois hoje temos produtos desde os mais tradicionais e clássicos, até os mais modernos e procurados pelos mais jovens. Ficamos felizes em termos acompanhado todo o crescimento e desenvolvimento da cidade.
Poucas lojas que nasceram em Votuporanga há tanto tempo se mantém ativas atualmente. Qual foi a “receita mágica” para manter a A Joia em constante crescimento depois de 70 anos?
Não digo uma receita, mas temos uma linha implantada por meu pai na fundação que é a ética. Ela custa um pouco, pois poderíamos até passar por cima de algumas coisas e lucrar mais, mas a A Joia não faz isso. Temos uma linha de conduta de transparência para o consumidor, para o cliente, que é a verdade, o respeito.
E como vocês conseguiram transferir esses ensinamentos do Domingos para os seus colaboradores?
Não é fácil e é um desafio constante. As vezes não conseguimos estar presentes a todos os momentos nas três lojas, então é uma correção diária, onde se escapa alguma coisa nós buscamos corrigir na hora. Desde que a pessoa entra nós já buscamos fazer as orientações e o treinamento para que ela entenda essa conduta da empresa, que busca sempre a verdade, doa a quem doer. Não adianta eu falar para você que o produto é uma coisa e no final não ser e é isso que sustenta a A Joia.
Ao longo desses anos quais foram as maiores conquistas da A Joia?
Nossas maiores conquistas são os clientes, com certeza, que a gente tem a satisfação de atendê-los. Nada é mais gratificante do que você ouvir do cliente que ele está satisfeito, alegre, em um ambiente confortável, dele ter o produto comprado aqui ou de ter ganho um produto. Essa é a maior das conquistas, o prazer nosso é esse. A nossa maior conquista são eles, que tratamos sempre todos da mesma maneira, respeito, tranquilidade.
Anos depois da abertura daquela portinha, você acredita que seu pai imaginou que chegaria no patamar de hoje? Três lojas e uma clientela tão fiel?
O meu pai, quando ele partiu, a gente usa o termo desencarne, pela nossa crença, já tínhamos duas lojas. Meu pai era uma pessoa visionária, ele não era ganancioso, era simples, muito pé no chão, mas ele tinha uma visão. Eu acredito que pelo o que ele imaginava de Votuporanga, porque ele também trabalhou e inclusive trouxe o sinal da televisão para a cidade, ele era uma pessoa que lutou muito pelo progresso, ele acreditava em Votuporanga e com certeza, acreditava no crescimento do negócio dele, que seria a A Joia e nos outros investimentos. Acredito que onde ele estiver, estará contente.
Qual a mensagem que você deixa aos seus clientes nesses 70 anos da A Joia?
A gente está aqui sempre de braços abertos, fazendo tudo da melhor forma, com o coração sempre. De braços abertos, acolhendo a todos. Estamos para servir, trabalhar e ajudar a todos.