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Cidade
‘A auto-observação é essencial’, diz psicólogo e pesquisador sobre comportamento suicida
Tiago Moreno, que mestre em Psicologia da Saúde, concedeu uma entrevista à Cidade FM sobre a campanha Setembro Amarelo
O psicólogo e pesquisador sobre comportamento suicida, Tiago Moreno, esteve na Cidade FM para falar do Setembro Amarelo (Foto: Assessoria)
Da redação
Criada em 2014 pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), em parceria com o Conselho Federal de Medicina, a campanha “Setembro Amarelo” é uma iniciativa nacional que integra as ações globais de prevenção ao suicídio. Para falar sobre este assunto a Cidade FM convidou o psicólogo Tiago Moreno, que é mestre em Psicologia da Saúde, onde defendeu tese sobre violência autoprovocada, doutorando e pesquisador sobre comportamento suicida.
Professor universitário e gestor de políticas acadêmicas da Faculdade Futura, Tiago, apesar de jovem, já tem um longo histórico de atuação nos cuidados da saúde mental e garante que o comportamento suicida está muito mais perto do que se imagina, mas, muitas vezes, os sinais não são observados ou até mesmo negligenciados por pessoas próximas.
“Existe uma pesquisa que aponta que 50% das pessoas que tentam suicídio procurou alguém para conversar ou um serviço de saúde nos dez dias anteriores ao fato, ou seja, essas pessoas falam sim sobre os seus sentimentos, mas em algum momento não foram ouvidas. Então é importante falarmos sobre esse tema para que todos estejam abertos para essa escuta e para esse acolhimento, tanto o profissional da saúde, profissionais da educação e a família como um todo. A pandemia nos tornou muito individualistas, cada um vivendo em seu mundo, então precisamos de empatia e observar mais um ao outro”, disse o especialista.
Jovens e adolescentes Ainda segundo Tiago, suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo e tem afetado, principalmente jovens e adolescentes, com idades entre 15 e 29 anos.
“Segundo OMS, estima-se que, no mundo, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, sendo a quarta maior causa de mortes de jovens de 15 a 29 anos de idade. A gente observa aí uma idade da adolescência para a vida adulta, um número muito alto de tentativas e de suicídio consumado. Portanto, é um momento muito importante para pensarmos sobre políticas públicas, principalmente sobre onde iniciar esse processo preventivo, já que estamos falando de uma faixa de 15 a 29 anos, são alunos do ensino médio e iniciando no ensino superior”, afirmou.
O especialista comentou ainda que a imensa maioria das pessoas que tenta ou comete suicídio é acometida por algum transtorno mental, sendo o mais comum a depressão.
“Apesar da complexidade de sua determinação, o suicídio pode ser prevenido com intervenções individuais e coletivas de diagnóstico, atenção, tratamento e prevenção a transtornos mentais, ações de conscientização, promoção de apoio socioemocional, limitação de acesso a meios, entre outras. Conhecer e estudar o fenômeno é importante para a elaboração de políticas públicas que permitam o correto enfrentamento do problema e da sua prevenção”, completou.
É nesse sentido que a Faculdade Futura incluiu em sua grade curricular para o curso de Pedagogia uma disciplina que se chama Habilidades Socioemocionais, que prepara o futuro professor a trabalhar com o aluno essas habilidades que ele irá ter que lidar ao longo da vida.
“O aluno precisa crescer entendendo que ele vai passar por momentos de perdas, de angústias e que não terá todos os dias momentos prazerosos e felizes. Entender essa instabilidade da rotina do adulto é importante para o desenvolvimento dessas habilidades sociais do adolescente”, completou.
Por fim, Tiago Moreno afirmou que é possível realizar algumas intervenções e o primeiro passo é ter a percepção sobre os nossos sentimentos e assumir os sentimentos de angustia ou tristeza é um passo crucial para procurar ajuda.
“Não podemos deixar nossos sentimentos em segundo plano, procurar ajuda profissional é o primeiro passo, apoio psicológico e médico. A auto-observação deve acontecer principalmente nos espaços onde esses jovens, adolescentes se encontram, a escola pode ser um espaço de prevenção e observação”, concluiu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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